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Tecnologias que embalam a digitalização do varejo

By 5 de julho de 2022 Blog

A digitalização é um processo sem volta e, como a gente bem sabe, a pandemia conseguiu acelerar esse processo, especialmente em mercados tradicionais como o varejo. Dados divulgados no portal E-commerce Brasil mostram que mesmo antes da pandemia, o comércio eletrônico brasileiro já registrava um crescimento acima dos 10% ao ano desde 2017. Mas foi em 2020, com a pandemia, que apenas no primeiro semestre de 2020, o crescimento no volume de venda no e-commerce chegou a 145%. O mais impressionante é que atualmente cerca de 20% do total de pessoas com acesso à internet em todo o país faz compras on-line, ou seja, ainda tem muito mercado a ser explorado pelas marcas.

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Enquanto grandes varejistas brasileiras investem na digitalização e buscam aprimorar a experiência de compra, pelo mundo há inovações sendo desenvolvidas para atender diversas fases da jornada de compra do consumidor. O primeiro exemplo é a Wunderman Thompson e a plataforma Resolve, que utiliza Inteligência Artificial para personalizar o e-commerce sem utilizar os famosos cookies e dados do cliente. O objetivo da solução é garantir cada vez mais a privacidade dos dados do consumidor e ter uma alternativa para a extinção dos cookies que está previsto para acontecer por completo ano que vem.

O segundo exemplo vem da Índia. A varejista Myntra é referência em aplicação de soluções tecnológicas para melhorar a experiência de consumo digital. A empresa está utilizando Inteligência Artificial para projetar roupas e prevê os produtos que têm mais chances de serem devolvidos, criou sistema de prova virtual em 3D, desenvolveu um algoritmo gamificado que identifica o perfil do cliente, entre outras soluções que envolvem melhoria e otimização do e-commerce. Todas as aplicações tecnológicas desenvolvidas pela Myntra são compartilhadas como estudo de caso no site da própria empresa. Fica a dica para os varejistas que querem implementar a base tecnológica em suas empresas.

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As próximas inovações estão relacionadas aos mercados crescentes do varejo circular e de segunda mão. Como por exemplo a startup francesa, sediada em Paris, Youzd, que desenvolveu uma plataforma para fazer toda a logística de entrega de móveis, eletrodomésticos e outros bens domésticos de segunda mão. As compras chegam dentro de uma janela duas horas, e os compradores podem até encomendar itens de vários vendedores diferentes e enviá-los de uma só vez. Youzd recebe 1 euro de cada venda mais 10% do preço de venda. Focada em resolver o problema de logística de entrega, a empresa está expandindo para outras cidades francesas.

Imagem do Facebook Youzd

Já a startup americana Trove inovou ao se especializar em ser uma espécie de ponto de coleta de roupas usadas de grandes marcas como Patagônia e Levi’s, por exemplo, para deixá-las prontas para voltar ao mercado da segunda mão. Além de possíveis reparos e higienização das peças, a empresa também organiza e fotografa para que os produtos possam ser disponibilizados nos marketplaces das marcas voltando assim ao mercado consumidor.

Uma outra ideia focada no reuso foi lançada recentemente pela marca dinamarquesa Samsøe Samsøe. Ela passou a vender suas peças com um QR Code na etiqueta, que uma vez escaneado vira anúncio de vendas nas mídias sociais, ou seja, em cada peça há um código QR exclusivo que está vinculado a dados como tecido, cor, tamanho e preço original. Quando um cliente decide tirar esse item do armário, ele digitaliza o código e conecta-se a uma conta do Facebook, um anúncio é gerado automaticamente e preenchido com os detalhes e fotos da peça. O proprietário só precisa adicionar a condição em que ela está e o preço que está pedindo. A empresa paga antecipadamente os custos de uma microcampanha no Facebook e no Instagram, direcionada hiperlocalmente para evitar envios de longa distância. E assim o mercado do reuso vai ganhando novos clientes.

Imagem: Adweek

A última inovação foi um projeto piloto que aconteceu ano passado em Berlim. Uma das lojas da H&M fez parceria com a lablaco para lançar o primeiro serviço de aluguel utilizando Internet das Coisas e Blockchain. Além de ter acesso a uma coleção exclusiva, os consumidores puderam digitalizar as etiquetas dos produtos não apenas para rastrear o caminho daquela peça, mas também para adicionar memórias e histórias às roupas enviando seus looks, ou seja, o próximo cliente saberia onde aquela peça havia sido usada e como a pessoa anterior compôs o look.

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