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Roupas de segunda mão movimentam bilhões em todo o mundo

By 17 de maio de 2022 Blog

Diante da demanda por proteção ambiental, a indústria da moda, que é uma das mais poluentes do mundo, está buscando alternativas para ser mais sustentável. Uma das mais viáveis é o mercado de usados. O que antes era descolado, só utilizado por uma pequena parcela da população que frequentava os brechós, agora virou negócio de grandes marcas, incluindo as de luxo, e está movimentando quantias bilionárias. 

No Brasil, o mercado de reuso já movimenta R$ 7 bilhões por ano. De acordo com um levantamento do Sebrae, com base em dados da Receita Federal, a abertura de estabelecimentos que comercializam produtos de segunda mão teve um crescimento de 48,58%, entre os primeiros semestres de 2020 e 2021.  Por isso as inovações estão a todo vapor.

Veja também: Grandes marcas investem na revenda de produtos de segunda mão

O primeiro exemplo é a marca de luxo britânica Burberry, que graças a uma parceria com o portal My Wardrobe HQ, vai disponibilizar peças de segunda mão da marca para venda e aluguel na plataforma. O consumidor pode escolher entre alugar uma peça por quatro, sete, dez ou quatorze dias e ao final do período de locação decidir se quer comprá-la ou não. Os preços são bem mais acessíveis do que se fosse comprar uma peça nova na loja.

O tradicional varejo francês e ponto turístico de Paris, Galeries Lafayette, também entrou no mercado da revenda e está com um espaço dedicado  a roupas de segunda mão. Chamado de LE (RE)STORE GALERIES LAFAYETTE, o local tem 500 metros quadrados e está localizado no terceiro andar do edifício principal da cúpula. Lá, os clientes podem comprar, vender, reciclar seus itens, aprender a cuidar deles e fazer com que durem mais tempo. A loja tem tanto peças acessíveis, quanto de luxo, com uma seleção de marcas jovens que usam apenas materiais reciclados. 

LE (RE)STORE GALERIES LAFAYETTE – imagem do site Fashion Network

O terceiro exemplo vem do Canadá, a marca esportiva Lululemon lançou este ano o seu programa de troca e revenda. Chamado de Like New, o programa permite que clientes troquem itens Lululemon usados ​​anteriormente por um cartão-presente em qualquer uma das lojas do varejista que ficam nos Estados Unidos. Eles também podem comprar de uma seleção de itens usados ​​em uma página separada no site do varejista. O programa foi testado primeiro do Texas e devido a seu sucesso, expandiu para todo o país

Veja também: Roupas de segunda mão ganham status de luxo

A Guess fez parceria com a Homeboy Recycling para auxiliar no processo de reciclagem das roupas. A cada 5 itens de vestuário de qualquer marca trazidos pelo cliente, ele recebe um desconto de 15% para a próxima compra. Os itens são então enviados para a Homeboy Recycling, com sede em Los Angeles, para reparo, upselling, upcycling e reciclagem.

Já a marca de roupas de frio Patagônia, já conhecida por fortes ações de responsabilidade socioambiental, lançou o programa Worn Wear, que dá a oportunidade ao consumidor de comprar itens de segunda mão ou levar o seu próprio casaco e trocar por um cupom de descontos que pode ser usado para comprar um outro. A peça usada entregue vai ser tratada e colocada na revenda.

Um outro exemplo é a Galax, uma plataforma focada na Geração Z que vende roupas de segunda mão em sessões de transmissões ao vivo. Os usuários cadastrados já olham o marketplace e selecionam os itens de interesse. Quando começam as sessões de lives, eles podem comprar o produto, diretamente do vendedor, que é o atual dono da peça, tendo noção exata do que está comprando e de quem. Nas lives, dá para perceber detalhes de caimento e corte que não é possível nos sites. A plataforma inovadora fala com uma comunidade de pessoas apaixonadas por moda econômica, peças recicladas e marcas de butique.

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