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As bolhas de viagens

By 20 de julho de 2020 março 24th, 2022 Blog

O turismo também foi um setor extremamente impactado pela pandemia da Covid-19. Algumas áreas que fazem parte da cadeia tiveram que suspender de vez as atividades. Mas, com a reabertura, algumas mudanças já estão sendo percebidas.

Esta tendência está sendo chamada de “bolhas de viagens”, que, assim como o conceito de “bolhas sociais”, método adotado em países como Nova Zelândia e Inglaterra para sair da quarentena, trata de ir integrando aos poucos a convivência de pessoas que estavam isoladas em grupos diferentes. No caso das bolhas de viagens, as pessoas vão dar preferências para viagens com destinos perto de casa, que possam ser feitos de carro, por exemplo. Os motivos são segurança e economia.

Air Bnb registrou aumento de mais de 50% no mês de maio.

Os sinais desta tendência podem ser vistos através dos dados. A Associação Internacional de Transportes Aéreos prevê recuo de 55% na receita com passageiros. Já o Airbnb relatou que desde o início da pandemia, a porcentagem de reservas de imóveis a 300 quilômetros das casas dos locatários aumentou de 1/3 em fevereiro, para mais de 50% em maio. Os Estados Unidos tiveram mais reservas entre 17 de maio e 3 de junho, do que no mesmo período de 2019. A empresa registrou um aumento semelhante nas reservas domésticas na Alemanha, Portugal, Coréia do Sul e Nova Zelândia.

Guardas de fronteira retiraram sinais de alerta quando os estados bálticos abriram sua “bolha de viagem” à meia-noite

Além disso, muitos lugares mundo afora só reabriram as fronteiras para regiões vizinhas, como a Estônia, a Letônia e a Lituânia eliminaram as restrições entre si em 15 de maio, mantiveram o restante do mundo sem poder ainda visitar a região do Mar Báltico. Austrália e Nova Zelândia, que estão com as fronteiras fechadas para turistas, estudam uma forma de reabrirem entre eles, formando a bolha de viagens. Já o Conselho da União Europeia, que reúne os 27 estados-membros, aprovou formalmente uma lista de 15 países que podem retomar viagens “não indispensáveis” para a Europa, mas cada país está definindo quando e como fazer esta reabertura. E como todos já devem saber, o Brasil não está presente em nenhuma destas listas. E se a gente não pode ir, eles também dificilmente virão.

Com isso, o turismo local deve se sobressair no país inteiro nas próximas temporadas. Os meios de hospedagem precisam reforçar e divulgar bastante os protocolos de higiene, como limpeza dos quartos, áreas comuns e até as alternativas para servir as refeições. Um café da manhã em um buffet não deve ser a escolha do momento! Além disso, tem o restante da cadeia que envolve os passeios turísticos. Como ficará um passeio às piscinas naturais, por exemplo. São questões que precisam ser pensadas.

Algumas inovações no mundo dão indicativo do que está sendo feito. O grupo Alibaba, da China, tem o FlyZoo Hotel em Hangzhou, que é totalmente inteligente não tripulados, onde os hóspedes podem reservar um quarto e fazer check-in online usando reconhecimento facial, apagar as luzes, fechar as cortinas ou ajustar o ar condicionado, tudo sem assistência humana. Os novos serviços são possíveis graças a robôs equipados com inteligência artificial. Já o grupo de hotéis de luxo, Citizen M, anunciou que está dando a opção de uma “estadias sem contato”, todo o processo é feito através de um aplicativo.

Vision Support Services lança travesseiros e edredons antimicrobianos

Outras inovações são os tecidos inteligentes. O da empresa britânica Style Group, tem componentes que matam vírus, do tipo coronavírus, na hora do contato. Já a Vision Support Services vem testando uma tecnologia antimicrobiana, com a marca Micro-fresh, adicionada a travesseiros e edredons no ponto de fabricação. A eficácia do produto agora foi testada para o ambiente comercial, com duração de mais de cinquenta lavagens, e foi comprovada para ajudar a proteger contra a propagação da COVID.

As inovações mais simples, como a disponibilização de QR Codes ou aplicativos para que os hóspedes possam ver cardápios e pedir suas refeições, minimizando o contato, já foram adotadas, inclusive em restaurantes brasileiros para que funcionários e clientes não precisem manusear cardápios.