Faz tempo que a gente sabe que os sons mexem com as nossas emoções e podem provocar reações específicas. Essa é a área de atuação da ciência do som, que agora conta com a tecnologia para trabalhar de forma mais assertiva o bem-estar humano. A proposta é uma aplicação terapêutica para ajudar as pessoas a lidarem melhor com as emoções, aliviar o estresse e até mesmo melhorar o sono. 

Uma empresa que usa a ciência do som para criar paisagens sonoras em outras empresas é a Made Music Studio, de Nova York. Por meio de uma pesquisa, a Made Music Studio conseguiu observar que existe uma correlação de 86% entre o som de um evento ou experiência e o desejo de voltar àquele espaço, e isso acontece em um nível subconsciente. Mas no quadro dessa semana, vamos destacar inovações que estão moldando a relação do bem-estar com o som mundo afora. SonsSons e bem-estar b em-estar saúde

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O primeiro exemplo é o aplicativo Spiritune, disponível para IOS, o app usa os princípios da neurociência e da musicoterapia para ajudar os usuários a mudar o estado emocional para uma sensação desejada, ou seja, ao utilizar o aplicativo, a pessoa seleciona a emoção atual, a emoção que ela quer sentir combinada com a atividade que ela quer executar e o aplicativo indica uma playlist que, em poucos minutos, promete levá-la para aquele nível de sensação escolhido. De acordo com a empresa, por meio de pesquisas científicas foram identificadas características musicais específicas que evocam certas emoções no cérebro. Com isso, consultores científicos e compositores trabalham juntos para entregar composições otimizadas e adaptadas em torno dessas características musicais.

O segundo exemplo, é outro aplicativo chamado Endel que é uma produção alemã apoiado pela neurociência que cria paisagens sonoras personalizadas para ajudar o usuário a se concentrar, relaxar e dormir. O grande diferencial do Endel é que ele reage a informações como hora do dia, clima, frequência cardíaca e localização para a criação dos sons adequados para cada momento. Além disso, existem versões do app para Android, IOS, Alexa e nas plataformas de músicas. Sons e bem-estar

 

Um outro exemplo é a plataforma de som imersivo GetSound.AI. Ela usa um algoritmo para oferecer experiências de áudio baseadas em ambientes naturais próximos. Específica para a localização do usuário, o aplicativo pode adaptar a experiência de audição com base no clima atual, hora do dia ou exposição à luz para acalmar, relaxar, ou energizar os ouvintes. Sons e bem-estar

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Já a LG Electronics lançou, este ano, o Breeze, fones de ouvido sem fio com uma aplicação específica para rastrear os dados do sono, ou seja, os sensores monitoram continuamente as ondas cerebrais em tempo real e determinar com precisão o estágio hipnótico, um estado de consciência imediatamente antes de adormecer e o estágio de sono REM, bem como os estágios de sono leve e profundo. Baseado nessas informações, o dispositivo fornece recomendações de cuidados com o sono mais personalizadas, além de uma variedade de sons calmantes que incluem sons da natureza e canções de ninar. Sons e bem-estar

A fabricante de caixas de som e fones de ouvido Bose também está usando dados biométricos para tornar a experiência da escuta mais confortável e ainda mais relaxante. O seu novo fone chamado QuietComfort II consegue medir as propriedades acústicas do canal auditivo do usuário e adaptar o áudio para ele.

Relação dos Sons com a saúde física

Já existem pesquisas que querem comprovar a relação do som com a possibilidade de diagnosticar e tratar doenças físicas. Por exemplo, a Faculdade de Medicina de Wisconsin, os Estados Unidos, atualmente está testando terapias com ondas sonoras para tratar câncer de fígado, por exemplo. Enquanto pesquisadores europeus encontraram evidências que a reprodução de músicas para pacientes que aguardam cirurgias em prontos-socorros, fazem eles sentirem menos dor. Inclusive, a empresa dinamarquesa Music Cure criou um travesseiro com um sistema de som embutido para serem utilizados em hospitais. Sons e bem-estar

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