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A Economia Prateada e as oportunidades de mercado

By 30 de julho de 2020 março 24th, 2022 Blog

Uma camada da população que geralmente é colocada em segundo plano pelo mercado, são as pessoas com faixa etária acima dos 50 anos. No entanto, está cada vez mais ativa e consumindo. As pessoas que nasceram entre o final da década de 1940  e início da década de 1960 (Geração Baby Boomer) e as que nasceram em meados da década de 1960 até o final da década de 1970 (Geração X), são integrantes da chamada ‘economia prateada‘.

A economia prateada é caracterizada como a soma de todas as atividades econômicas associadas às necessidades das pessoas com mais de 50 anos, os produtos e serviços que elas consomem diretamente, ou virão a consumir no futuro. Estima-se que esta economia movimenta mais de sete trilhões de dólares anualmente, sendo considerada a terceira maior economia do mundo! 

Imagem de Sam Chen por Pixabay

Os dados mostram que esta economia vai crescer ainda mais. Segundo a ONU, em 2050 as pessoas 60+ serão 25% da população mundial. A estimativa por aqui é que em 2030 teremos mais brasileiros com mais de 60 do que com até 14 anos. Em 2050, o Brasil será o sexto país mais velho do mundo! Por isso, é fundamental priorizar este consumidor e começar a atender as necessidades dele urgente.

Utilização dos tecidos produzidos pela startup myant

Uma das aplicações dos tecidos inteligentes desenvolvidos pela Myant

As primeiras inovações são voltadas para saúde, algumas startups estão investindo em dispositivos vestíveis (wearables) para que os idosos possam rastrear constantemente sua condição de saúde, ajudando aos os médicos a tratá-los com mais assertividade. É o caso da startup canadense Myant, que investe na fabricação de roupas inteligentes que medem a freqüência cardíaca, temperatura, hidratação e gordura corporal. Já o Cardiomo é um equipamento utilizado para monitorar a frequência cardíaca e informar tanto ao médico, quanto através de um sinal sonoro se algo não estiver bem com o coração. Há ainda a Assisted Living Technologies, que fornece uma série produtos vão desde soluções para prevenção de quedas, resposta a emergências, monitoramento remoto, gerenciamento de medicamentos e segurança em casa. São dispositivos diferentes para cada necessidades que ajudam os idosos a se tornarem mais independentes.

Há também inovações voltadas para cuidar do lado emocional e do bem-estar, é o caso da plataforma americana Papa, que é um serviço sob demanda que oferece aos idosos companhia (presencial e virtual), assistência em tarefas diárias, lições de tecnologia e serviço de transporte. Tudo isso pode ser solicitado através de um aplicativo.

Uma outra inovação é o site americano techboomers.com, voltado para a alfabetização digital da geração prateada. Ele disponibiliza gratuitamente tutoriais que vão desde como comprar online, até como tuitar, usar o facebook, baixar aplicativos ou acessar a netflix, por exemplo. Conhecimentos fundamentais para todos que não nasceram na era digital.

App Eu Vô

No Brasil, as inovações voltadas para economia prateada ainda são muito tímidas, talvez porque historicamente sempre fomos um país jovem, só com a queda da taxa de natalidade e o aumento da expectativa de vida, é que estamos invertendo a pirâmide. Entre as inovações, podemos citar o aplicativo “Eu vô, que funciona no interior de São Paulo e é uma espécie de uber totalmente adaptado para a população 60+; a International School of Game,  utiliza videogames como ferramenta para estímulos cognitivos, físicos e mentais e tem um programa específico para adultos 50+; e a Hype50+, que é uma agência de marketing especializada nos seniors. Além disso, o mercado de influencer também já registra algumas criadoras de conteúdos deste nicho, a consultoria de marketing de influência Squid, identificou em sua base cerca de 65 micro-influenciadores com mais de 54 anos.  

Reflexão: Que produtos e serviços poderiam ser criados para atender as necessidades e desejos da geração prateada?