O varejo híbrido está inovando e com estratégias bem diferentes para agradar os consumidores, que cada vez mais começam a jornada de compra no ambiente on-line. De acordo um relatório da Ascential, uma em cada três compras na loja começam por meio de um celular ou notebook e a projeção é que as vendas mundiais online atingirão $ 2,4 trilhões de dólares em valor bruto de mercadorias vendidas em 2026, ou seja, daqui a 4 anos comércio eletrônico será responsável por quase 40% das vendas globais de varejo.
Mas é aproveitando essa ascensão do e-commerce que as marcas estão apostando diferentes modalidades de vendas, incluindo utilizar lançamento de produtos digitais para testar o interesse do consumidor e só depois fazer implementações de produtos físicos ou potencializar vendas de produtos físicos no mundo virtual confeccionando versões digitais daqueles produtos que já fazem sucesso na vida real.
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A primeira empresa que inovou e está usando o ambiente on-line para testar vendas e só então trazer o produto para o mundo físico é a marca de tênis holandesa Aglet. Em ambientes de games, a Aglet lança diferentes modelos de tênis virtuais para que os jogadores comprem e os mais vendidos ganham a versão física e passa a ser vendida nas lojas meses depois. Segundo a marca, esta estratégia permite que a empresa qualifique a demanda e seja mais assertiva na estratégia de agradar os consumidores.
A maquiadora britânica Jo Baker está adotando um modelo parecido com o da Aglet para sua marca de maquiagem chamada Bakeup, ou seja, ao invés de criar uma versão digital de um produto que já existe, ela lança novidades em forma de filtro do Instagram e Snapchat para só depois lançar nas lojas.
Já a marca de capinhas para celular Casetify anunciou recentemente que vai lançar itens colecionáveis digitais prontos para o metaverso, mas com um toque físico para eles. De acordo com a marca, o objetivo é fazer integração entre o mundo físico e digital dando vantagens exclusivas, como suprimento vitalício de capas de telefone CASETiFY de edição limitada para quem estiver colecionando esses ativos digitais. O nome desse projeto é ARTFT.
Uma outra inovação vem da parceria entre a plataforma de moda digital ZERO10 e a Crosby Studios, que lançaram em Nova York uma loja pop-up de roupas apenas digital. A experiência híbrida permite que as pessoas visitassem a loja física para experimentar peças da coleção digital através de QR codes no aplicativo da ZERO10.
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Aqui no Brasil também tem marca inovando no mundo figital. A Reserva lançou sua marca no metaverso, a Reserva X, com ela sua primeira coleção de NFTs chamada Pistol Bird, que traz o logo da marca estilizado com diferentes tipos de cores e padrões. Como parte do primeiro lançamento, os clientes que comprarem um NFT também receberão um moletom que exibe o modelo do Pistol Bird comprado pelo consumidor.
Exemplos de integração do mundo físico com o digital no varejo que já estão sendo mais utilizados, inclusive por grandes marcas como Adidas, New Balance, Under Armour são aqueles que pegam seus modelos mais populares no mundo real e transforma em ativos digitais para vender em jogos como Roblox ou Fortnite.
Mundo Fígital na arte
uma obra do estúdio britânico Iheartblob que levou a arte digital a um outro nível. Eles criaram uma ferramenta que gera NFT, pediram à comunidade para criar e gerar seus próprios NFTs e transformaram aqueles ativos digitais em instalações físicas que foram expostas na Bienal de Arquitetura de Tallinn de 2022. A criação venceu a competição do evento e se “o primeiro pavilhão NFT do mundo projetado pela comunidade em conjunto, também é co-propriedade da comunidade e co-financiado pela comunidade”.
*Material produzido a partir das informações publicadas pela Wunderman Thompson