O TikTok hoje é o aplicativo com maior número de downloads em todo o mundo. Foram mais de 384 milhões só no primeiro semestre deste ano. E os números não impressionam só em relação aos downloads. Em 2020, a ByteDance, startup proprietária do aplicativo, teve uma receita de mais de U$ 34 bilhões. E não para por aí! A previsão é que até o final deste ano o Tik Tok ultrapasse o Instagram em números de usuários da tão falada geração Z nos Estados Unidos. Por isso, não é tão surpreendente identificar tantas inovações surgindo na plataforma.
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O impacto do app
Destaque para a ação inovadora do próprio TikTok, que decidiu patrocinar um dos maiores eventos esportivos do mundo: a copa da UEFA. Por ser a primeira plataforma digital a apoiar um grande torneio internacional, o anúncio dessa ação foi grandioso também, contando com um show exclusivo do cantor britânico Ed Sheeran na conta da UEFA EURO 2020. O evento on-line contou com 5.5 milhões de espectadores e passou a ser o maior show em lives da história. Mas esse não foi o primeiro envolvimento com futebol que o TikTok teve. No Brasil a plataforma já havia inovado ao firmar parceria para transmissão de torneios inteiros como a série C do Campeonato Brasileiro e Copa Nordeste, inclusive contando com o CSA no jogo de estreia, que foi no dia 31 de março deste ano.
@edsheeran Playing @tiktok’s UEFA Euro 2020 LIVE show, filmed this with goldenballs himself @davidbeckham, tune in from 9pm BST 25th June x #EdTikTokLIVE
Além do futebol, uma outra aposta da plataforma é a informação. Mês passado ela surpreendeu telespectadores de todo o Brasil ao aparecer como patrocinadora oficial do Jornal Nacional, lançando sua ferramenta de monetização para os criadores de conteúdo. Há também as apostas em realities como A Fazenda, No Limite e MasterChef Brasil, este último com uma ação de cross-media, que usuários da plataforma podem indicar receitas para serem usadas nas provas do programa através da hashtag #TikTokReceitas. Toda essa movimentação é uma clara sinalização de que quer ampliar seus públicos, mas o inverso também está acontecendo. Veículos de mídias tradicionais, como Washington Post, USA Today, estão utilizando o TikTok para veicular seu conteúdo de forma ágil e descolada para interagir com a geração Z.
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Recrutamento, seleção e os mercados tradicionais
Outra inovação é a utilização da plataforma para recrutamento e seleção. O TikTok está com um programa piloto que dá a possibilidade aos usuários de pesquisarem e se inscreverem em listas de empregos com vídeos curtos mostrando suas qualificações. O projeto, chamado TikTok Resume, conta com mais de 20 empresas, como Chipotle, Shopify e NBA, que estão buscando jovens profissionais para preencher vagas na retomada da economia americana.
Mercados tradicionais também não estão alheios à ascensão do TikTok. Semana passada a BMW se tornou a primeira fabricante no Brasil a lançar um carro numa transmissão ao vivo na plataforma. Já os bancos, tradicionais e digitais, estão cada vez mais utilizando o TikTok e sua forma específica de comunicação para se aproximar da geração Z.
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Carro-chefe
E falando sobre os formatos originais do TikTok, as músicas e dancinhas, a ferramenta está ajudando a redefinir este mercado. Tanto com recursos como o Music Machine, ferramenta de produção musical com quase 700 milhões de usuários ativos, que dá a possibilidade de produzir uma música e distribuí-la para testar sua popularidade; quanto como a forma como os artistas estão pensando seus lançamentos, já incluindo refrões e dancinhas para que possam ser replicadas na ferramenta. Hoje viralizar no TikTok é indicador de sucesso no mercado fonográfico.
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Vale o destaque para a estreia do alagoano Djavan na plataforma, que aconteceu mês passado com uma ação bem legal para comemorar os 25 anos do álbum “Malásia”. A campanha #LendoComDjavan, focava na canção “Nem Um Dia” e convidava os criadores de conteúdo a postar um vídeo de um momento de leitura ao som da música. Durante o período da campanha, o TikTok fez a doação R$1 para o Instituto Brasileiro de Estudos e Apoio Comunitário (IBEAC) e para a Rede Nacional de Bibliotecas Comunitárias (RNBC) para cada vídeo criado com a hashtag e a música.