Há algumas semanas, o YouTube, em parceria com a Float, lançou o estudo “Música ao Infinito“, que mostra formas exponenciais do consumo de música no Brasil. Essa pesquisa apontou três principais movimentos que estão na vanguarda entre artistas, bandas ou canais, são eles:
- O primeiro movimento é a Descentralização musical, em que a potência da música está na comunidade, ou seja, os fãs é quem conduz a distribuição da música por meio de covers, desafios, reacts, paródias e até respostas às músicas, isso muito associado às redes sociais. Tanto as bandas de k-pop, quanto Anitta utilizam bem esse movimento;
- Outro movimento é Transes sonoros, quando a música deixa de ser um estilo e passa a ser um sentimento. Por exemplo, há alguns anos os estilos de música ditavam todo o comportamento de um grupo de pessoas, era a pessoas do sertanejo, era o pagodeiro. Hoje, com a diversidade de artistas e acesso facilitado à música, é possível encontrar o som perfeito para cada estado mental que desejamos viver e alcançar. Então, temos as músicas para relaxar, as músicas para sobreviver às segundas-feiras, para se emocionar… são combinações para inspirar sentimentos específicos
- E o terceiro e último movimento é o Batidas de rua, movimentos que acontecem fora dos streamings e trazem uma conexão com a cultura local, popular, periférica, representativa e ancestral. Alguns exemplos são os paredões automotivos, as rodas de samba, as batalhas de rima, as serestas, etc.
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Para acompanhar esses movimentos emergentes e atender as necessidades de consumo, plataformas e artistas estão inovando. O Spotify, por exemplo, está atualizando o formato do aplicativo, tornando-o mais intuitivo e refletindo as plataformas sociais populares como TikTok e Instagram. Além disso, está disponibilizando visualizações de vídeo e áudio e também lançando um novo recurso com inteligência artificial chamado ‘DJ’, que trabalha para personalizar a experiência de ouvir música para todos os usuários. De acordo com o anúncio da plataforma, o DJ do Spotify vai fornecer uma lista de músicas personalizada, juntamente com comentários falados, alimentados por IA, sobre as músicas e artistas que o usuário gosta.
Já o Soundcloud também anunciou que estava testando um feed vertical para usuários de iOS e Android, com sugestões de clipes vindas da inteligência artificial. Enquanto o TikTok está testando um recurso de podcast. Com esta atualização, os usuários poderão ouvir o conteúdo do TikTok como áudio de fundo, mesmo que naveguem para outro aplicativo em seus dispositivos.
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Em relação a artistas, o Ed Sheeran foi quem surpreendeu os fãs no último mês, ao lançar seu último single, Eyes Closed, por e-mail. Pois é, o britânico enviou um e-mail para seus fãs em que dava a eles a possibilidade de assistir ou ouvir a nova música e logo em seguida, ele contou mais sobre a canção, explicando o quanto ela era pessoal e porque representava seu momento de vida atual. O e-mail também tem um link para encomendar cópias assinadas do CD. Visitar seu canal no Spotify mostra uma contagem regressiva para o lançamento do álbum completo em maio.
A gente pode tranquilamente linkar as inovações aos movimentos captados e traduzidos na pesquisa do YouTube. Ed Sheeran, por exemplo, com sua estratégia atendeu os anseios da comunidade. Enquanto o Spotify se alinhou com a tendência “transes sonoros”. Já as “batidas de rua” podem ser representadas em Maceió pelo já famoso Samba da Periferia.
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