Uma pesquisa da Associação Brasileira do Sono, realizada ainda em 2019, mostrou que 65% dos brasileiros tinham problemas com a qualidade do sono. De lá para cá, a situação se agravou. Um novo estudo, feita pela Royal Philips em 2021, apontou que 74% dos brasileiro disseram que adquiriram um ou mais problemas de sono, com 50% relatando que a pandemia afetou diretamente sua capacidade de dormir bem. Além disso, 47% dos participantes disseram que acordam no meio da noite. É muita insônia para administrar!
Com essa crescente necessidade, o mercado global se mobiliza para buscar soluções que atendam o consumidor. O negócio está tão favorável que o faturamento de startups do sono já chegou a 85 bilhões, e em 2023 esse número deverá atingir 101 bilhões de dólares. São diversas inovações que vamos conhecer esta semana.
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O nosso primeiro exemplo é de Nova York. Este ano, o Park Hyatt Hotel estreou suítes com camas inteligentes da startup Bryte. São modelos king-size que usam inteligência artificial para se ajustar dinamicamente, aliviar os pontos de pressão e controlar o clima em vários estágios do sono. Os hóspedes podem armazenar suas preferências de sono e acessar seu perfil de cama sempre que retornarem. É a garantia de um sono restaurador, segundo a empresa.
Também trabalhando com camas inteligentes, a Sleep Number lançou uma atualização em seus produtos que consegue monitorar a temperatura do corpo e a inclinação para ajudar o fluxo de ar e a respiração de quem dorme. A cama inclui também auxiliares de mobilidade para ajudar os usuários a deitar e levantar. Para o próximo ano, a empresa promete disponibilizar notificações, captadas pela IA da cama, em que mostrem problemas como insônia, eventos cardíacos e apneia do sono.
A terceira inovação também utiliza inteligência artificial para monitorar o sono, mas desta vez aplicada a um wearable, ou seja, um dispositivo vestível. O SleepWatch rastreia o progresso do sono e cria planos personalizados para melhorar a saúde e bem-estar do usuário. O relógio é um dos produtos da empresa de tecnologia de saúde de precisão Bodymatter.
O Brasil não está de fora nas inovações relacionadas à melhoria do sono. Tanto a SleepUp, quanto a Vigilantes do Sono desenvolveram aplicativos baseados em Terapia Cognitivo-Comportamental para insônia (TCC-i) para ajudar as pessoas a dormirem melhor. As duas startups trabalham com assistentes virtuais e funcionam no modelo de plano de assinatura, que dependendo do valor agrega até consultas com especialistas em sono.
Já a startup mineira I Wanna Sleep tem a proposta de personalizar a venda de colchões observando os padrões individuais de cada cliente. Utilizando tecnologia, ela escaneia a forma como a pessoa dorme, analisando os pontos de pressão e área de suporte que o corpo exerce sobre o colchão para desenvolver o colchão mais adequado para cada pessoa.
Cobertor Bearaby
Outras empresas decidiram inovar apostando em soluções de baixa tecnologia. É o caso da startup nova-iorquina Bearaby, que desenvolveu cobertores extremamente confortáveis, que pesam entre nove e onze quilos. A lógica do produto é baseada na terapia de pressão de toque profundo e causam uma sensação semelhante a um abraço – o que resultaria em um maior relaxamento e profundidade do sono. A empresa também fornece edredons e lençóis feitos de eucalipto, com tecnologia que se adapta ao formato do corpo de cada usuário, causando a mesma sensação de peso leve e abraço relaxante.
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O Hatch, que é uma espécie de alexa do sono. Desenvolvido por uma startup americana, o produto pode ser programado de forma personalizada e combina sons e luzes que ajudam no relaxamento noturno. Além disso, dá para acessar meditação guiada e programar a hora de despertar. O produto também está disponível em versões para bebês e crianças.
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Imagem em destaque: Facebook Bearaby
