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Varejo e serviço inovam com a implantação dos terceiros espaços

By 14 de setembro de 2021Blog, Tendência

O conceito do “terceiro espaço” foi definido pelo sociólogo Ray Oldenburg, em 1989, e defende o equilíbrio entre três reinos para uma existência saudável: vida em casa, local de trabalho e lugares inclusivamente sociáveis. Recentemente os terceiros espaços ganharam uma nova conotação e passaram a ser adotados por segmentos de varejo e serviços para atender as necessidades das pessoas por locais flexíveis e neutros onde elas possam equilibrar uma atmosfera de trabalho, lazer e socialização.

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Os números confirmam essa necessidade do consumidor por locais que integrem esses aspectos, principalmente após um ano de pandemia. De acordo com a pesquisa global realizada pela Accenture, 79% dos entrevistados relataram desejar ter mais flexibilidade com relação ao seu local de trabalho. Eles disseram que gostariam de trabalhar em um café, bar, hotel ou varejista com um espaço dedicado. Outra afirmação interessante que a pesquisa identificou é que esse grupo está disposto a pagar $100 dólares por mês para ter essa experiência. 

Foto: Starbucks

O primeiro exemplo já é conhecido por muitos, inclusive pelos brasileiros: o Starbucks. A promoção do terceiro espaço já existia como filosofia do negócio mesmo antes da pandemia, com mais de 20 mil unidades espalhadas pelo mundo, a rede de cafés é case de sucesso na adoção desse conceito. Quem já visitou uma unidade pode atestar que elas são realmente perfeitas para socializar e trabalhar. 

O segundo exemplo é a The We Company, em Nova York, que criou um “refúgio colaborativo” com acesso a café, loja e estações de trabalho individuais que podem ser alugadas por minuto. Em uma outra unidade do mesmo grupo funciona o WeMRKT, que além de espaços de trabalho também oferece bebidas, lanches saudáveis, acessórios de escritório e roupas.

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Espaço do We Company em NY

Já a rede de pubs britânica Young & Co’s criou seu terceiro espaço durante a flexibilização das medidas sanitárias no Reino Unido. Quem quiser pode trabalhar de um dos pubs da rede, que oferece espaço reservado com Wi-Fi, bebidas quentes ilimitadas e a possibilidade de sanduíches por uma modesta taxa fixa. 

Outro exemplo, que também pode ser encontrado aqui no Brasil, é o Work/Café do Banco Santander. O espaço conta com acesso à cafeteria, wi-fi e salas de reunião abertas ao público em geral. Já para os correntistas do banco, existem algumas vantagens como descontos na cafeteria ou até a possibilidade de reservar salas de forma gratuita. É possível encontrar unidades do Work/Café do Santander em São Paulo, no Rio de Janeiro e também em Porto Alegre.

A próxima inovação chama mais atenção por ser um modelo de negócios focado no conceito de terceiro espaço. O The Wing é um coworking e clube feminino que surgiu a partir da ideia de que a forma mais poderosa de promover as mulheres é reuni-las. A iniciativa conta com sete unidades internacionais e é um ambiente onde é possível não só trabalhar, como comer, socializar, amamentar, se exercitar, tirar uma soneca, reaplicar a maquiagem, meditar, entre tantas outras alternativas. Foi pensado para ser o ambiente perfeito – e instagramável – na vida das mulheres.

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Ambiente instagramável da The Wing

Vale conhecer outros conceitos de negócios que também trabalham os terceiros espaços. Como a Soho House, que é uma comunidade dedicada a criativos que funciona em 20 países e conta com casas para hospedagem por temporada, restaurantes, locais para eventos e diferentes espaços de trabalho. Na mesma pegada tem a The Assemblage, uma comunidade que é formada por pessoas e organizações de todos os setores que disponibiliza coworking e mais de 70 apartamentos para locação, além de espaços para eventos e retiros na natureza como trilhas de bicicletas e caminhadas.

Que tal adotar a filosofia aí no seu espaço?