O melhor país do mundo para o Ecoturismo no ranking da Forbes Advisor, esse foi o titulo recebido pelo Brasil em julho. Liderando a lista com 50 nações, ficando a frente do México e Austrália, que aparecem na sequência ocupando o 2° e o 3° lugar, respectivamente.

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Além disso, o Brasil é apontado como líder em biodiversidade entre todos os destinos avaliados, com mais de 43.000 espécies de animais e plantas.  Segundo a ABETA (Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura), o Brasil conta com 13.583 empresas que estão diretamente relacionadas ao turismo de natureza. Observando esse cenário, nos últimos 3 anos, 19 milhões de turistas vieram ao Brasil. Destes, 20% optaram por cenários  paradisíacos, dados da  TurisData (Base de Dados sobre os Estudos do Turismo). Então, é importantíssimo a gente observar o potencial de Alagoas nesse sentido.  Inclusive tendo destinos que se alinham pelo ecoturismo e destacam a importância de preservar a natureza e a cultura local. 

 

 

 

Um desses locais é a Palatéia, que fica situada na Barra de São Miguel e em Roteiro, no sul de Alagoas. É uma reserva ambiental com 748 hectares de mangue conectada com a beleza da Mata Atlântica. A região carrega o título de maior produtora de Ostras do estado. É também onde está o Projeto Caçadores de Mel, que produz mel e própolis. Visitando a vila é possível fazer um percurso de barco acompanhando os tipos de mangues presentes na região, a criação de mariscos e moluscos e a produção de mel. Lembrando que os moradores da região fazem parte de todo o processo, estando envolvidos na movimentação da região trabalhando a  manutenção e a proteção ambiental.

 

Outro local interessante, é o Santuário do Peixe-Boi-Marinho, que se transformou nos últimos anos na principal atração turística de Porto de Pedras, levando, por dia, 70 pessoas a fazer o passeio pelas tranquilas águas do Rio Tatuamunha, é um projeto de preservação localizado em um trecho do rio, no povoado de Tatuamunha. Além de se tratar de um dos mais importantes projetos de proteção do país, já que a espécie está ameaçada de extinção, restando apenas cerca de 500 animais da espécie que vivem em liberdade, se transformou em um projeto de sustentação de dezenas de famílias.

 

Vale lembrar que no nordeste possuímos a costa dos Corais, a segunda maior barreira de corais do mundo que está localizada nos estados de Pernambuco e Alagoas, abrigando uma vasta biodiversidade, tendo crustáceos, algas, mamíferos, corais, peixes e moluscos. Além de algumas espécies ameaçadas de extinção, também podem ser encontradas na Costa dos Corais, como baleias, tartarugas e peixe-boi.

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Existem algumas vertentes de inovação: experiências verdes, transportes verdes e hospitalidade verde. No quesito experiência, um grande ponto do ecoturismo é que além de olhar para a diversidade e preservação do ecossistema, também destaca a integração da população local e sua contribuição com o desenvolvimento da região, inserindo os nativos nas atividades ligadas aos projetos turísticos e impulsionando a economia local. 

A exemplo disso, a startup on-line Authenticitys, com certificação B e baseada em Barcelona, ​​projeta experiências locais que impulsionam a mudança social. Já a empresa I Like Local realiza passeios em 19 países da Ásia e da África com o objetivo de criar uma fonte de renda sustentável para guias e anfitriões, proporcionando aos viajantes experiências incomuns, incluindo casas de família com comunidades indígenas, ciclismo, artesanato e culinária. E a Fair Voyage tem a missão de facilitar as viagens sustentáveis, conectando viajantes com empresas locais verificadas. 

 

Em Alagoas temos o Negócio de Impacto Socioambiental, Nosso Mangue, fica localizado no Pontal da Barra, e atua com turismo regenerativo, ou seja as pessoas vão vivenciar o manguezal conhecendo a sua importância seus benefícios, às comunidades ribeirinhas que ficam na região, colocar o pé na lama, e plantar sua sementinha. A startup já plantou mais de 10 mil mudas de mangue no Pontal da Barra e recolheu mais de meia tonelada de resíduos sólidos do manguezal.

Na hora que vamos viajar também é importante pensar no transporte, o avião por exemplo polui muito mais que o carro. Pensando nisso, a Carbonocero permite que qualquer viajante calcule a pegada de carbono pessoal de suas viagens. E uma operadora britânica, a Byway, é especializada em viagens personalizadas de trem, barco e bicicleta para os cantos menos visitados da Europa.

Também diversos hotéis e pousadas ao redor do Brasil estão investindo em práticas sustentáveis, alinhadas ao ecoturismo, Eco-Pousada Casa Bobô – Ilha de Boipeba/BA, Pousada Quinta dos Pinhais, em Santo Antônio do Pinhal/SP  e Vila de Alter – Alter do Chão/PA. É importante o trade turístico ficar atento com o novo perfil de viajante: que é o viajante sustentável. Essas pessoas estão considerando questões ambientais e éticas como fatores-chave na tomada de decisões sobre viagens. De fato, 69% dos turistas planejam viajar de forma sustentável em 2023. Então, cabe às empresas locais e o setor como um todo e pensar como pode adaptar  seu negócio para atender o público.

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