Os materiais inteligentes são aqueles que se alteram tanto na sua forma como também nas suas propriedades, respondendo e se adaptando aos estímulos externos. Dois exemplos bem simples: as canecas que mudam de cor de acordo com a temperatura do líquido e as lentes de óculos que escurecem no sol e depois voltam ao normal. Sim, essas inovações são fruto de pesquisas em smart materials, ou materiais inteligentes.
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Hoje em dia, os materiais inteligentes são realidade em diversos mercados e, recentemente, motivado pela pandemia do COVID-19, foi possível entrar em contato com mais algumas dessas inovações. Exemplos disso são as máscaras produzidas com tecidos que impelem o vírus e roupas usadas em hospitais que são feitas com materiais que reduzem a possibilidade de contágio.
Esse mercado vem estimulando investimentos altos em vários países. Para se ter uma ideia, segundo o Relatório Global Smart Material Marke, ele estava avaliado em 2019 em cerca de US $44 bilhões, e estima-se que os investimentos cheguem até US $110,18 bilhões em 2026. Um outro relatório, o da Thomson Reuters, rastreou as publicações em ciência e tecnologia desses materiais e identificou que a China ficou na primeira posição, seguida pelos Estados Unidos. Ou seja, as grandes potências do mundo estão investindo nessas inovações.
Materiais Inteligentes na construção Civil
Como pode ser notado, as inovações desse mercado podem ser encontradas em diferentes áreas: na saúde, como já citado; na construção civil; ou na moda. As possibilidades são infinitas. Na engenharia civil, por exemplo, uma inovação interessante é o concreto auto-reparável da empresa Basilisk, que foi desenvolvido na Delft University of Technology. A tecnologia é baseada em microrganismos que produzem calcário, o que permite que fissuras no concreto sejam reparadas de forma autônoma. Uma rachadura de até 0,8 mm pode ser reparada.
Materiais Inteligentes na Saúde
Outra inovação que promete reparos, mas de corpos, é a da A.D.A.M (Advanced Development of Additive Manufacturing), uma empresa de biotecnologia que fornece serviços de bioimpressão 3D sob demanda. Eles estão prestes a lançar implantes ósseos bioreabsorvíveis impressos em 3D. Os implantes, por serem personalizados, diminuiriam os casos de rejeição e o tempo de recuperação melhoraria.
Materiais Inteligentes no Vestuário
E por fim, falando um pouco mais sobre os tecidos inteligentes como os das máscaras de proteção, conheça dois exemplos brasileiros. Um deles é a Rhodia, que desenvolveu um fio de poliamida antiviral e antibacteriano, o Amni Vírus-Bac. , mas que também já trabalhava com fios biodegradáveis, com absorção de suor e secagem ultrarrápida. E a Woom, que atua com o conceito de vestuário esportivo e utiliza a tecnologia para proporcionar equilíbrio térmico, redução da fadiga muscular, rápida recuperação muscular e uma melhora da performance esportiva.
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As indústrias de diversas áreas já estão antenadas a esse tipo de material inovador. Vale ficar atento a esses materiais porque eles são promessas para grandes evoluções tecnológicas. Com certeza surgirão inovações que facilitarão rotinas e outras que serão de alto impacto nos futuros da saúde, das engenharias, e outras áreas.