O turismo extremo pode ser considerado um braço do turismo de aventura que proporciona experiências super exclusivas e que envolvem alto risco. O ponto principal dessa modalidade é a adrenalina causada pelo perigo ao experimentar algo que pouquíssimas pessoas terão acesso. De acordo com o novo relatório da Grand View Research, o mercado global de turismo de aventura deve chegar a 1 trilhão de dólares até 2030, com uma taxa de crescimento anual de 15,2% entre 2022 e 2030.
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Vários negócios estão surgindo para atender a necessidade de quem tem muito dinheiro sobrando e quer enfrentar experiências altamente perigosas e exclusivas. O primeiro exemplo é a agência de turismo de experiência britânica chamada Black Tomato. Entre seus programas de viagens, ela oferece o Get Lost, uma aventura em que o turista é deixado em um lugar desconhecido, quase inacessível e que sozinho precisa achar o caminho de volta à civilização. Sendo supervisionado de longe, o turista só pode escolher se o local exclusivo será um ambiente polar, desértico, montanhoso, selvagem ou litorâneo.
Um outro exemplo é a White Desert Antarctica, que oferece excursões de luxo para o Pólo Sul com acomodações que custam US$ 15 mil por noite. A experiência pode ser vivida em grupos de até 12 pessoas que escolhem se querem roteiros de 1 a 24 dias. Além disso, a hospedagem dá direito a cardápio gourmet elaborado por um chefe particular.
Também, tem o exemplo do Madison Mountaineering que é um serviço de guia de montanha especializado em liderar expedições para escalar os picos mais famosos do mundo, incluindo o Monte Vinsion, que fica na Antártica. Além dele, há expedições para o Monte Everest, o K2, o Kilimanjaro, entre outros. As viagens incluem chuveiros quentes, sessões de ioga e uma barraca de jantar com tela de cinema e chegam a custar em torno de 75 mil dólares. A Furtenbach Adventures também oferta expedições ao Himalaia.
Um outro modelo de negócio para atender o turismo extremo é o da EYOS, que oferece iates ou profissionais especializados, caso o interessado tenha seu próprio iate, para levar o turista em uma aventura luxuosa em lugares pouquíssimos explorados. Navegar pelo mar Ártico, Antártico, litoral da Noruega e Groenlândia ou Papua Nova Guiné estão entre as opções de passeios. Além disso, a EYOS também começou a oferecer viagens de US$ 750 mil para a Fossa das Marianas, o ponto mais profundo conhecido no oceano, que tem quase 11 quilômetros de profundidade.
Os destinos não se limitam apenas a lugares na terra. A Blue Origin, do dono da Amazon Jeff Bezos, por exemplo, já alcançou a fronteira do espaço com um grupo de pessoas super ricas, em 2021. A Virgin Galactic, do bilionário britânico Richard Branson, anunciou recentemente que lançará em breve seus primeiros voos espaciais comerciais. As passagens custarão US$ 450 mil. No próximo dia 29 a Virgin promete dar mais detalhes dessa missão. Já o fundador e CEO da SpaceX, Elon Musk, disse que a empresa vai colocar naves estelares em Marte “bem antes” de 2030.
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Além das viagens, o turismo extremo também influencia a indústria da moda. A coleção Vollebak Titan é uma gama de roupas criadas com o nível máximo de proteção para ajudar os usuários a lidar facilmente com os ambientes mais exigentes. As roupas foram testadas para sobreviver a temperaturas tão baixas quanto -100 graus Celsius, obtida usando tecnologia feita pela NASA, incluindo cinco cordões que podem ser puxados em caso de nevasca junto com zíperes frontais magnéticos.
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