As sextechs são as próximas apostas em inovação para o bem-estar, são soluções projetadas para ajudar a melhorar experiências sexuais e a sexualidade humana. Durante a pandemia foi possível perceber esse segmento ganhando destaque devido ao isolamento social, período em que a carência e a solidão estavam em alta. Em 2020, segundo a Allied Market Research, o mercado de bem-estar sexual movimentou $78 bilhões de dólares e tem previsão de atingir US $108 bilhões em 2027.
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Com o mercado aquecido fora do país e iniciando aqui no Brasil, já é possível desfrutar de algumas inovações com diferentes propostas, mas todas com o objetivo de melhorar as experiências de intimidade dos consumidores. O primeiro exemplo de inovação no setor é a Lioness, responsável por desenvolver o primeiro vibrador de biofeedback que fornece dados sobre excitação e orgasmo do corpo através dos movimentos involuntários dos músculos do assoalho pélvico, um dos melhores indicadores de excitação e orgasmos. O acompanhamento desses dados é feito por meio de um aplicativo, que também permite o monitoramento de outras atividades como alimentação e qualidade do sono.
Tecnologia e Inclusão
A próxima inovação vem da empresa americana SkiiMoo Tech, que desenvolveu o VDOM , primeiro dispositivo genital conectado a um aplicativo que pode passar de flácido a ereto ao apertar um botão no smartphone ou no smartwatch. Durante a criação do produto, Glenise, a fundadora da marca, tinha como foco a comunidade LGBTQIA+, porém percebeu que sua inovação atendia também a pessoas com deficiência físicas ou disfunção erétil. A ideia da empresa é no futuro ter versões com sensores corporais e outras tecnologias para fornecer diferentes opções de uso.
Outro exemplo de inovação pensada para as pessoas com deficiência é o Bump’n Joystick. O brinquedo sexual funciona como um joystick de videogame, que pode ser manipulado para todos os lados, sendo possível fazer o movimento com a cabeça ou com a boca, tornando-se uma opção muito flexível para qualquer pessoa com uso limitado das mãos.
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Sextechs brasileiras
Aqui no Brasil, a startup Pantynova, uma das primeiras no segmento nacional, aposta em produtos e conteúdos on-line onde as pessoas se sintam seguras, confortáveis e representadas. Com duas mulheres como fundadoras, a marca disponibiliza sex toys pensados e desenvolvidos para o corpo feminino e também contos eróticos no seu site. Outra sextech brasileira é a Tela Preta, plataforma de áudios eróticos que possui mais mais de 150 áudios eróticos narrados e conta com mais de 5.000 assinantes. O app funciona por assinatura mensal e lança novos áudios a cada semana.
É interessante notar que esse movimento das sextechs despertou o interesse de varejistas. A Amaro, marca de lifestyle nativa digital, foi pioneira quando inaugurou uma seção de bem-estar sexual em seu e-commerce em abril de 2021. Abrindo portas para a gigante Magazine Luiza fazer o mesmo e impulsionar ainda mais o mercado.
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Outra empresa brasileira, focada em autocuidado feminino, que recentemente agregou produtos para o bem-estar sexual foi a Holistix. Em seu marketplace, além de produtos para uma rotina mais equilibrada e saudável, há também chás, óleos essenciais e brinquedos sexuais para promover a masturbação feminina. O orgasmo é tido como uma ação de autocuidado.
O futuro das sextechs
O último exemplo é relacionado ao futuro do sexo e como o mercado está desenvolvendo tecnologias que permitem a criação de “humanos digitais”. O Hybri, aplicativo que mistura realidade virtual e realidade aumentada combinadas a inteligência artificial para criar experiências sexuais em um ambiente virtual. Alguns dos recursos que você encontra no Hybri é o controle por voz, a função Photoscan, que permite personalizar o rosto do seu humano digital a partir da foto de pessoas reais, e até mesmo um recurso de viagem no tempo, onde o usuário pode assistir os momentos já vivenciados no app. Sem falar que existem 40 opções de ambientes diferentes de realidade virtual, permitindo que o usuário vivencie diferentes espaços assim como na vida real. Parece filme, não?
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*Imagem destaque: Lioness