Não é difícil ouvir relatos de pessoas que estão dormindo mal ou até com problemas de insônia. Dados da Associação Brasileira do Sono apontam que cerca de 80% da população relata ter algum problema na hora de dormir no Brasil. É muita gente mesmo e consequentemente um mercado a ser explorado.
Para se ter uma ideia, a indústria do sono movimenta entre 30 e 40 bilhões de dólares por ano, nos Estados Unidos. Um crescimento anual maior que 8 por cento, segundo a consultoria McKinsey. E apesar de tanta gente precisando dormir e de um mercado lucrativo, as inovações nessa área só foram surgindo recentemente.
A primeira inovação vem de uma empresa holandesa e chama Somnox Sleep Robot, que é uma almofada em formato de feijão, que ao segurar perto do peito, o robô produz um ritmo de respiração que é seguido inconscientemente pela pessoa que acaba acalmando, relaxando e dormindo.
Uma outra inovação, vinda do Reino Unido, é o Zeez Sleep Pebble, um equipamento parecido com um mouse de computador, que deve ser usado embaixo do travesseiro. A proposta dele é produzir uma frequência que imita as ondas cerebrais de um bom dorminhoco, que é captada pelo cérebro da pessoa com problemas para dormir. Essas ondas acalmam o sistema nervoso e diminui a frequência cardíaca até relaxar e adormecer. Ele promete fazer efeito após 5 a 7 dias.
Ainda nas inovações relacionadas ao sono, há também o Oura Ring, que são anéis inteligentes que acompanham os estágios do sono e rastreiam os principais sinais do corpo enquanto a pessoa dorme para fornecer percepções, ajudando as pessoas a aproveitar o potencial do corpo todos os dias.
Algumas empresas brasileiras também estão inovando no mercado do sono. É o caso da startup Zissou, que vende colchões diretamente ao consumidor final, eliminando os intermediários. O colchão é armazenado dentro de uma caixa de 1 metro e 15 cm de altura e 40 cm de largura, permitindo o transporte com facilidade até o local especificado pelo cliente final. Embalado a vácuo, o colchão retorna ao seu tamanho normal em duas horas após a abertura da embalagem. A Zissou é uma das empresas brasileiras mais inovadora da indústria do sono e superou 2 milhões de faturamento nos primeiros dois anos de negócio.
Outro movimento brasileiro no mercado do sono é a empresa chamada Cochilo, focada no mercado corporativo, ela oferece cabines especiais, isoladas acusticamente e privativas, chamadas de cochilódromos. A proposta é que os funcionários possam dar aquela descansada para recuperar as energias no intervalo do trabalho. As cabines têm luz regulável e sons relaxantes, quando acaba o tempo do cochilo, a cama vibra para a pessoa acordar.
Outra inovação, também brasileira, foi desenvolvida para monitorar o sono dos bebês de até 1 ano de idade. O Baby Hug é um equipamento que é colocado próximo a barriga do bebê e ao conectar ao aplicativo do celular, consegue monitorar informações como respiração, movimentos bruscos e eventuais quedas. O equipamento foi criado pensando em aliviar a angústia dos pais que ficam preocupados quando não estão perto do bebê.