A indústria dos games tem potencial de ser a rede social das próximas gerações, ou seja, o que Instagram, Facebook e Twitter é para as pessoas hoje, é o que o jogos podem ser para os mais jovens. Para se ter uma ideia da importância desse mercado, a consultoria Newszoo prevê que os games vão movimentar no mundo 200 bilhões de dólares em 2023, cerca de 1 trilhão de reais. Não é atoa que Netflix e Magalu estão investindo nesse mercado.
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Pensando na ascensão desse mercado, que já mobiliza mais de 25 milhões de pessoas todos os dias, consumindo conteúdos no YouTube, o Google, em parceria com a Provokers, lançou este mês uma pesquisa para saber mais sobre o perfil dos jogadores brasileiros. Foram mil entrevistas realizadas nas 5 regiões do país, com pessoas de classes ABC, maiores de 18 anos que mapeou 5 perfis e também analisou seus comportamentos durante os jogos com foco na alimentação, vamos aos resultados:
- 17% correspondem ao que eles chamaram “popcorn gamers”, formada em sua maioria por mulheres de 25 a 54 anos da classe A. Jogam em consoles e tablets e consomem refrigerante, cerveja, suco, chocolate e salgadinho;
- 18% são os “ultimate gamers”, maioria homens da classe C de 35 a 54 anos. Jogam em consoles e consomem refrigerante, cerveja, café ou não comem nada;
- 19% são os “immersive gamers”, a maioria homens da classe B têm de 24 a 35 anos ou são maiores de 45. Jogam em consoles e consomem refrigerante, suco, salgadinho e lanches;
- 21% são “casual gamers”, a maioria de mulheres da classe C com mais de 45 anos. Jogam no celular e consomem refrigerante, suco, café e chocolate;
- 22% são “hardware gamers”, a maioria homens da classe C têm de 18 a 34. Jogam em PCs e consomem refrigerante, café, salgadinho e chocolate.
Fica claro no estudo que para uma grande parte dos brasileiros jogar combina com torcer, comer e beber, o que representa uma oportunidade para as marcas e é justamente algumas ações inovadoras feitas por marcas de comidas e bebidas nos games que vamos trazer agora.
Chipotle Burrito Builder no Roblox (Imagem: site Marketing Dive)
O primeiro exemplo é da rede de comida Chipotle que, em parceria com a plataforma de jogos Roblox, lançou Chipotle Burrito Builder, uma nova experiência que convida os jogadores a enrolar seus próprios burritos no metaverso e ganhar moedas virtuais que podem ser trocadas por itens físicos da loja. Já a Coca-Cola pegou um refrigerante que já existia no metaverso, o Byte, e transformou em realidade em edição limitada de Coca-Cola Zero Sugar Byte, que oferece experiências em Realidade Aumentada (AR) e em games, incluindo a ilha Pixel Point, dentro do jogo Fortnite.
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O Burger King foi além e fez parceria com a Loud, organização brasileira de eSportes que agrega influenciadores de games e tem mais de 11 milhões de fãs nas redes sociais. O projeto inclui um calendário repleto de ativações junto a esses influenciadores que inclusive customizaram os sanduíches favoritos deles da Burger King e lançaram para vendas em lojas específicas. O departamento de marketing da fast food revelou que foi a partir de uma pesquisa que eles descobriram que os lanches do Burger King eram os favoritos dos gamers e por isso surgiu a ideia da parceria.
O McDonalds foi o pioneiro neste movimento ao lançar no jogo Minecraft uma réplica do Mequi 1000, que fica em São Paulo. Nela, os jogadores podem encontrar um cupom com um QR code que, ao ser escaneado, direciona o usuário para que ele faça seu pedido via McDelivery, ou seja, os jogadores podiam entrar na loja do game, comprar o lanche e receber em casa.
Essas são só algumas das oportunidades de estabelecer conexão com os gamers de diferentes gerações. É um mercado em ascensão que vale a pena estar atento.
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