A geração Z e a geração millennial encaram os relacionamentos de maneiras diferentes, e a tecnologia está sendo usada para atender as demandas de quem está em busca de um relacionamento amoroso.
Para começar vamos falar um pouco do contexto vivido pela geração Z, que englobam as pessoas que nasceram entre 1995 e 2010. De acordo com Dado Schneider, doutor em comunicação e especialista em colaboração intergeracional, a Gen Z está vivendo o que ele chama de a “era da trocação em todos os tipos de relacionamento, independente de ser com pessoas ou com marcas, ou seja, os relacionamentos amorosos são vistos como uma troca rápida, quase como um esbarrar. Isso pode se refletir na sociedade de diversas formas, como o aumento de doenças sexualmente transmissíveis ou até o crescimento da temática de relacionamentos abertos. Mas vale observar o quanto esse comportamento pode ser contraditório quando a Geração Z relata mais solidão do que as outras gerações. futuro do amor
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Já os millennials, a geração que nasceu de 1980 a 1994, estão um pouco cansados da falta de compromisso. Muitos deles querem escapar um pouco das relações superficiais e estão buscando um amor à moda antiga. Uma pesquisa realizada pelo aplicativo Happn revelou que 53% dos participantes desejam ter “relações sérias, com parceiros maduros, visando algo a longo prazo”. Além disso, para os já comprometidos, está havendo um aumento por atividades e jogos para aprofundamento de relacionamentos e intimidade. futuro do amor
Independente da geração, a tecnologia entra para dar uma ajuda nessas relações. Uma pesquisa da Kantar mostrou que 65% dos solteiros brasileiros, entre mulheres e homens, usam ou já usaram sites de relacionamento para marcar encontros e encontrar o par ideal. Mas as inovações estão além dos apps de relacionamentos. As pessoas estão experimentando novas maneiras de encontrar companheirismo, desde namoradas e namorados com Inteligência Artificial até namoro automatizado. futuro do amor
A gente começa falando da China onde as pessoas já estão mais adaptadas a se relacionarem com chatbots de Inteligência Artificial. As jovens chinesas, por exemplo, afirmam que seus namorados de IA “sabem lidar melhor com as mulheres que os homens de verdade”. Um exemplo é o “Wanttalk”, da gigante tecnológica Baidu, o app permite aos usuários escolher as personalidades de seus chatbots com base em todos os tipos de personagens, de estrelas pop a CEOs. Outro exemplo usado no país chama-se “Glow”.
O Anima segue a mesma linha de aplicativos que oferecem parceiros via IA. Nele dá para escolher o avatar, definir o nome e os pronomes e ajustar seus traços de personalidade. O chatbot possui algumas atividades para mantê-lo engajado. Isso inclui jogos como “Você prefere”, “Verdade ou Mentira”, RPG, enigmas, leitura de mentes e curiosidades.
Um outro exemplo de como a tecnologia está impactando os relacionamentos amorosos foi a experiência feita por um russo que decidiu automatizar suas comversas no Tinder, usando um chatbot de inteligência artificial. Ao todo, foram automatizadas conversas com cinco mil mulheres. Inclusive, a IA acabou marcando encontros com uma das pretendentes e não alertou ao russo, ou seja, a moça acabou levando um bolo, mesmo o chatbot garantindo que estava a caminho.
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Já Los Mayers, um programador dos Estados Unidos, após acabar um relacionamento, decidiu criar o seu próprio aplicativo em que ele é a única opção. No “Flirt With Los” (Flertar com Los), o usuário tem a opção de paquerar ou passar. Na opção de paquerar, o usuário pode escolher entre os diversos flertes para marcar um encontro com o próprio Los Mayers. futuro do amor
Mais um exemplo é o aplicativo de relacionamento criado pela plataforma financeira Neon Money Club. O app, chamado Digite Score, exige que todos os usuários tenham uma pontuação de crédito de 675 ou superior. Segundo a empresa, visa elevar a discussão em torno da saúde financeira, que permanece estagnada há décadas.
Pensando em tecnologias que têm a missão de servir de companhia, não necessariamente amorosa, para o usuário, o mercado tem uma série de chatbots de Inteligência Artificial. É o caso do Replika, que pode reconhecer imagens e continuar a conversa usando-as. Além disso, suporta chamadas de voz, para que o usuário possa realmente conversar com seu “amigo” virtual. O Kuki, que usa aprendizado de máquina para tornar mais interessante o que conversar, pois entende bem os assuntos abordados. Também tem o Kajiwoto que além de criar bots de IA personalizados e conversar com eles, permite experimentar os diferentes companheiros de IA criados por outros usuários e conversar com eles.
Com todas essas inovações e intervenções das Inteligências Artificiais nos relacionamentos, fica a pergunta: como será o relacionamento entre os humanos nos próximos anos? futuro do amor
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