Inclusão, diversidade e representatividade são pautas de eventos, cursos e conteúdos em todo mundo. Na prática o assunto está ganhando uma relevância, ainda sutil, mas que antes nem existia. É uma mudança no comportamento que passa a ser mais visíveis em mercados como o da beleza, da moda e de brinquedos, por exemplo.
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Apesar dos avanços, os dados, como os da pesquisa “Cadê nossa boneca”, da organização social Avante, mostram que ainda há um longo caminho a ser percorrido. O estudo apontou que em cada 100 modelos de bonecas produzidas pela indústria brasileira de brinquedos, apenas 6 representam pessoas negras, sendo que estamos num país onde a maioria da população se autodeclara preta ou parda.
Em relação a publicidade, os números também chamam a atenção. A 10ª onda da pesquisa Todxs, que é um estudo promovido pela ONU Mulheres e pela Heads Propaganda, divulgada este ano, constata alguns avanços em relação a representatividade das mulheres, mas mostra também que outros grupos precisam ser melhor trabalhados, como pessoas com deficiência, que só apareceram 1,2% de peças publicitárias em 2021. Dito isso, vamos para quem de fato está inovando no mercado com ações de representatividade e inclusão.
Diversidade da paleta de cores Fenty Beauty
O primeiro exemplo vem do mercado da beleza, a marca da cantora Rihanna, a Fenty Beauty foi a primeira marca no mundo a desenvolver 50 tons de base, de claros a escuros, além de ter um marketing diverso que inclui modelos de diversos gêneros, sexualidades, cores e etnias. Recentemente, um vídeo da influenciadora americana @golloria viralizou no TikTok ao mostrar ela experimentando várias bases ditas para peles negras, mas que não refletia a realidade, até mostrar o tom da base da Fenty que combinada com a pele dela.
Também a marca sul africana Yearn Skin lançou uma linha de skincare exclusiva para peles hiperpigmentadas, são séruns, tônicos, hidratantes, máscaras e óleos exclusivos para peles pretas. Já a L’Oréal lançou um programa de treinamento dedicado a cabeleireiros e cabeleireiras em Porto Rico, para auxiliar pessoas em transição de gênero. E o programa, além da parte técnica, também visa orientar na criação de um ambiente acolhedor e seguro para clientes trans e não binários.
Na moda, marcas conhecidas têm criado produtos exclusivos para Pessoas com deficiência, bem como para pessoas de corpos diferentes do padrão. A Tommy Hilfiger é uma delas. Atualmente a marca tem a Tommy Adaptive, com peças com cortes e padronagens características da marca, mas com adaptações para adultos e crianças com deficiência física. Aqui no Brasil, a Reserva, em parceria com a Equal Moda Inclusiva, criou uma linha com 14 peças que vão de camisetas e camisas polos até calças e bermudas. As adaptações variam para cada tipo de deficiência, então tem imã no lugar de botão da camisa e zíper em toda lateral.
Coleção Reserva para PCDs
A marca Skims tem uma linha de roupas íntimas para preencher uma lacuna no mercado da acessibilidade adaptáveis lançada com uma ampla variedade de tamanhos. Enquanto a Target, que é uma loja de departamentos americana, também entrou no mercado de moda acessível ao lançar a Cat & Jack Colletion, primeira linha infantil de moda inclusiva, criada para crianças neurodiversas e com dificuldade de mobilidade.
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Pelúcias personalizadas Criamigos
Já no mercado de brinquedos, muitas mudanças estão acontecendo. A Mattel, criadora da boneca Barbie, por exemplo, lançou uma linha totalmente inclusiva que tem bonecos com vitiligo, negros, de cadeira de rodas, com corpos diversos e este ano uma boneca com aparelho auditivo. Além disso, a Mattel decidiu celebrar os 50 anos da atriz Laverne Cox e lançou a primeira Barbie trans, que faz parte de uma coleção que homenageia mulheres influentes e visionárias em todo o mundo.
No Brasil, a Criamigos é uma empresa especializada em pelúcias personalizadas. Ela criou uma linha totalmente inclusiva chamada “Criamigos igual a você”, onde a criança pode escolher cadeira de rodas, muletas e aparelho auditivo para compor seu bichinho. Uma forma de criar conexão e representatividade desde a infância.
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