Um dos maiores desejos das pessoas ultimamente é uma praia, uma piscina, qualquer coisa ou momento que possa amenizar esse calorão que a gente anda sentindo. Estamos chegando ao fim da primavera, caminhando para o verão, é comum que o calor seja mais presente. Além disso, o fenômeno do El Niño ajuda na elevação da temperatura, barrando as frentes frias, tornando o tempo mais seco. calor
E claro, as questões climáticas que contribuem para o aumento do calor. Segundo a ONU, a terra vem apresentando sinais em resposta ao avanço do aquecimento global. Neste ano batemos o recorde no acúmulo de gás carbônico na atmosfera, tivemos o mês de julho mais quente já registrado no planeta, além da sequência de recordes diários de calor.
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Imagem retirada do banco de dados da internet
Novo estudo da Organização Meteorológica Mundial diz que há uma probabilidade de 66% de a média anual de aquecimento ultrapassar o limite de 1,5°C entre 2023 e 2027. Previsão é que um dos próximos 5 anos seja o mais quente desde o início dos registros. Tanto calor e temperatura elevada, traz um certo desconforto e pode causar complicações na saúde, até pra gente conseguir desenvolver atividades básicas, fica mais complicado. Um levantamento inédito do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais revela que os registros de onda de calor no Brasil dispararam da década de 1990 pra cá. Nos últimos 30 anos, o número saltou de 7 para 52 registros por ano. As regiões Norte e Nordeste foram as mais atingidas por essa mudança. Inclusive até na hora de trabalhar a temperatura influência, um estudo da Lancet revelou que 295 bilhões de horas de trabalho potencial foram perdidas devido à exposição ao calor em 2020.
Olhando para o clima e seus impactos, as empresas estão buscando soluções para se adequar a realidade e melhorar a qualidade de vida das pessoas.
O primeiro exemplo vem da empresa estadunidense Qore Performance, que desenvolveu coletes de refrigeração corporal para serem usados por pessoas que trabalham com segurança, entregas, trânsito e esportistas. A tecnologia é feita de placas que recebem água potável congelada e são aplicadas nos coletes dos profissionais. Durante o uso, os coletes vão regulando a temperatura corporal. A Qore Performance atende empresas como a Boeing, FedEx e a famosa hamburgueria Shake Shack.
Imagem retirada do site da Qore Performance
Um outro exemplo é a TechNiche, empresa especializada em tecnologia de termorregulação que foi responsável por fornecer roupas de resfriamento para 150.000 trabalhadores da construção civil que trabalharam na estrutura das instalações da Copa do Mundo de Futebol Masculino do Catar. A tecnologia utiliza água e ar, aplicadas à coletes, capacetes, toalhas e protetores de pescoço que conseguem baixar a temperatura corporal em até 10 graus celsius durante 5 a 10 horas. Além disso, a empresa também fornece bonés, bandanas, almofadas e também mantas de resfriamento para animais.
Imagem retirada do site da TechNiche
Além das iniciativas voltadas para termorregulação corporal, também existem outras opções voltadas para o cotidiano, é o exemplo da startup de tecnologia israelense SolCold, que desenvolveu uma espécie de película que pode revestir carros e construções e consegue utilizar a energia dos raios solares para resfriar ambientes, deixando-os até 70% mais fresco. Tanto a Toyota quanto a Volkswagen fizeram parceria para testar a tecnologia em seus próprios veículos.
Seguindo essa linha de produção, os Engenheiros da Duke University desenvolveram um dispositivo que usa tecnologia eletrocrômica para mudar rapidamente seus painéis semelhantes a janelas entre aquecimento e resfriamento. A ideia é que os painéis possam ser colocados nos telhados de edifícios ou casas, reduzindo o consumo de energia para aquecimento e refrigeração em até 20%.
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Já os pesquisadores da Divisão de Ciências de Materiais do Berkeley Lab desenvolveram um material chamado TARC ou revestimento radiativo adaptativo à temperatura, que também pode ser aplicado em telhados. O revestimento se adapta automaticamente para refletir o calor quando está quente lá fora ou absorver o calor quando está frio, sem qualquer consumo extra de energia.
E para fechar com uma iniciativa brasileira, temos a API4 Earth, startup atuante no mercado de crédito de carbono, a API4 Earth é um SaaS que possibilita que todas as transações de e-commerce sejam Carbono Neutro por meio de plug-in personalizados para as lojas on-line. Focados na conversão de compras e vendas em plantio e iniciativas de compensação de carbono, a empresa desburocratiza o mercado de carbono ao oferecer uma solução fácil e acessível para empresas que atuam no mercado de venda digital. Para implantar a tecnologia no seu negócio, basta ter um website com a finalidade de vendas.
Bom, as inovações de hoje reafirmam a importância de olhar para as mudanças climáticas e o impacto do aquecimento global e começar a pensar nas nossas transformações como ser humano, empresa, governo e sociedade.
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