Uma tendência no setor do varejo que surgiu fortemente com a pandemia e que deve ganhar mais força durante 2021 são as dark stores, que são lojas que funcionam de forma física, mas não recebem compradores em seu espaço. É um novo formato que existe apenas para atender os consumidores on-line ou no sistema pegue e leve. Essa foi a forma que os varejistas tradicionais encontraram para enfrentar a migração do consumo para o e-commerce.
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Só para se ter uma ideia da força de mudança de consumo, em maio de 2020, as vendas pela Internet representaram 32,8% de todas as vendas no varejo do Reino Unido, em comparação com 19% em fevereiro do mesmo ano, esses dados são do British Office for National Statistics. Nos Estados Unidos, as vendas de comércio eletrônico aumentaram 44,5% no segundo trimestre de 2020, em comparação com o mesmo período do ano anterior, de acordo com Census Bureau. Já no Brasil, somente no primeiro semestre de 2020, o nosso e-commerce registrou um crescimento de 47%, alcançando a sua maior alta em 20 anos. Segundo estudos realizados pela Ebit/Nielsen em parceria com a Elo.
Entre as varejistas que inovaram adotando o modelo dark store estão a rede americana Whole Foods Market, que abriu, em setembro do ano passado, a primeira unidade do supermercado, em Nova York, só para atender quem compra pela internet. Outras cadeias de supermercados, também americanas, como Kroger e Giant Eagle, também estão experimentando esse formato, mas apenas para retirada dos produtos.
Já a loja de departamentos Macy’s transformou, durante o Natal do ano passado, duas de suas lojas em dark store para atender às compras virtuais. Enquanto o Walmart está redirecionando quatro de suas lojas nos Estados Unidos para “laboratórios” de e-commerces e assim conseguir testar várias soluções digitais. Há também a loja de móveis e utilidades domésticas, Bed Bath & Beyond, que converteu 25% de suas lojas em dark store.
Este movimento também está alinhado com uma tendência de comportamento de consumo que é a “ânsia por conveniência”, além disso, vai possibilitar a muitos varejistas que foquem no que realmente importa: a eficiência e rapidez na entrega das compras on-line. Além, é claro, de possibilitar que as lojas escolhidas para receber a presença de compradores, se transformem em verdadeiros varejos de experiências.
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Há empresas brasileiras que já estavam buscando descentralizar os centros de distribuição pensando exatamente na eficiência da entrega, é o caso da Natura. No estudo Alagoas para o futuro, a Mescla destaca esta tendência e algumas outras na área de empreendedorismo que impactam o varejo. O documento é gratuito e está disponível para download no site www.alagoasparaofuturo.com.br.