Você já entrou na onda de uma trend? Sabe como é, né? Aquele conteúdo que viraliza e todo mundo sai correndo pra copiar. Você ganha um monte de curtidas, encaminhamentos e, com sorte, alguns novos seguidores. Mas… depois disso, parece que deu dois passos pra trás? Ninguém mais te notou?
Pois é, essa é a armadilha das trends. Quem já caiu nela sabe: tentar ser igual a todo mundo é o jeito mais rápido de passar despercebido. Ou então, pior, você fica viciado nesse engajamento vazio e passa a viver correndo atrás da próxima onda que vai gerar likes e seguidores – mas sem nenhuma conexão verdadeira.
Calma, não estou aqui pra dizer que as trends são ruins e devem ser evitadas a todo custo. O ponto é: sua marca precisa ter coerência no que faz. Seguir modismos só pelo hype pode acabar roubando sua personalidade e, pior, afastando você do seu público. A pergunta é: entrar nessa onda faz sentido pra minha marca?
É tipo escolher um presente pra sua cunhada. Se você gosta dela (nem que seja só um pouquinho), já sabe o que pode agradá-la, certo? O mesmo vale pra sua marca. Se você entende bem o seu público, vai saber se vale a pena seguir ou não aquela moda do momento. Porque a última coisa que você quer é construir uma comunicação baseada só em tendências ou, pior, nas “vozes da sua cabeça”, sem pensar no que realmente importa.
Além disso, ninguém quer parecer aquele “tiozão” que tenta se enturmar com os amigos do sobrinho, né? Forçar algo que não combina com a essência da sua marca pode ser tão desconfortável quanto isso. t
A comunicação da sua marca precisa ser uma ferramenta de tradução: conectar o que você tem a dizer (ou vender) com o que o seu público sente e precisa. Se a sua estratégia é só correr atrás da viralização, faça uma pausa e pense: esse esforço está realmente trazendo novos clientes? Ou você só ganhou um monte de seguidores que, no próximo post, vão desaparecer e derrubar sua relevância nos algoritmos?
Não é sobre evitar trends a qualquer custo, mas sobre saber quando elas fazem sentido para o seu posicionamento. E, sinceramente, se a resposta for “não”, tá tudo bem. Melhor isso do que gastar tempo e energia tentando agradar todo mundo e acabar perdendo a essência da sua marca.
Então, pare de fazer coisas aleatórias só pra tentar aparecer. Seja estratégico, autêntico e focado no que realmente importa: uma conexão verdadeira com quem precisa do seu produto ou serviço.
No final das contas, é isso que vai fazer sua marca ser lembrada.
Fabrícia Carneiro é jornalista, gerente de Marketing e Comunicação no Sebrae Alagoas, e há 23 anos se dedica a construir estratégias para ajudar empresas a fortalecerem suas marcas, convergindo pessoas, inovação e comunicação.
