Hoje, estamos conectados de várias maneiras, principalmente através do digital. Para ter uma ideia, 187,9 milhões de brasileiros utilizam a internet, segundo um levantamento da Ecommerce Brazil. Em média, os brasileiros passam 9h13 conectados todos os dias. E o uso é bastante variado: 65% dos usuários da internet ouvem música, 64% assistem a vídeos e 29% escutam podcasts. Esses dados foram divulgados pela pesquisa TIC Domicílios 2023, realizada pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br).
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No meio de tanto conteúdo, é essencial criar narrativas envolventes para prender a atenção do público. Esse é o papel dos creators, as peças-chave da Creator Economy. Essa economia é movida por criadores de conteúdo como influenciadores, artistas, escritores, gamers e pessoas comuns que enxergaram nas plataformas digitais uma forma de criar, compartilhar e monetizar seu trabalho. Esse ecossistema de troca e conexão é alimentado pelo público, que consome conteúdo de creators com quem se identifica, seja por características físicas, trajetória de vida ou rotina parecida.
Os creators trazem uma nova maneira de vender produtos e serviços. Primeiro, eles conquistam seu público com conexões autênticas no dia a dia. Em seguida, começam a inserir as chamadas publis (publicidade). No ano passado, 80 milhões de brasileiros realizaram compras pela internet, de acordo com a pesquisa TIC Domicílios 2023, do NIC.br.
Esse fenômeno ganha força com lançamentos que se tornam virais graças aos creators. Um exemplo marcante foi o boom do Carmed Fini, um lip balm fruto de uma parceria entre as marcas Cimed e Fini. O sucesso foi tanto que o produto esgotou rapidamente após seu lançamento, gerando uma verdadeira “caça ao produto”. Tudo começou com um spoiler publicado por Karla Felmanas, vice-presidente da Cimed, em sua conta no TikTok. Outros influenciadores, como Malu Borges, que tem mais de cinco milhões de seguidores no TikTok, também ajudaram a divulgar o produto. Hoje, os vídeos com a hashtag #carmedfini somam mais de 100 milhões de visualizações.
Outro exemplo de sucesso impulsionado pelas redes sociais é o Adidas Samba. Originalmente criado em 1950 para jogadores de futebol treinarem em campos congelados, o modelo ganhou um novo fôlego graças ao marketing digital. A Adidas decidiu relançar o tênis utilizando a influência das redes sociais. Como resultado, as buscas por “Adidas Samba” duplicaram no Reino Unido, e no Brasil, o interesse aumentou 477% entre janeiro e julho deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo o Google Trends. Celebridades como Kendall Jenner e Sasha Meneghel apareceram usando o modelo, reforçando sua popularidade.
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Até produtos comuns podem ganhar uma nova perspectiva com a ajuda dos creators. Na Islândia, houve uma escassez de pepinos devido à alta demanda gerada pelo tiktoker Logan Moffitt, conhecido como “o cara do pepino”. Com 5,7 milhões de seguidores, Logan compartilha receitas variadas de salada de pepino, o que fez seus seguidores se inspirarem a consumir o alimento em maior quantidade.
@logagm Truly the best cucumber recipe
Aqui em Alagoas, temos exemplos como as contas “Simbora Maceió” e “Simbora Hospeda“. A primeira é dedicada a indicar gastronomia e passeios, enquanto a segunda foca em hotéis, Airbnb e aluguéis por temporada. Essas contas, criadas por Gabriel Dantas, acumulam quase 400 mil seguidores e são amplamente confiáveis para quem busca dicas locais. Além disso, Gabriel também possui um canal com cinco milhões de inscritos, consolidando-se como um influenciador de destaque na região.
Vivemos em uma era de excesso de informações, e, ao mesmo tempo, somos constantemente influenciados. Como consumidores, é crucial estarmos atentos ao impacto dessas influências. Já para os empresários, a chave é escolher creators que compartilhem dos mesmos valores que suas marcas. Dessa forma, a parceria se torna mais autêntica e impactante.
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