Estamos de volta com a série Mescla Pense como um (a) futurista. Depois de observarmos o tempo, vamos entender um pouco sobre as habilidades?
Essência da Mudança: desvendando as habilidades de Future Thinker.
Muito se fala que estamos vivendo em um mundo onde as mudanças acontecem de forma cada vez mais rápida e intensa. E, nos perguntamos, se de fato as pessoas não estão realmente distraídas.
O ponto de partida para qualquer pessoa que deseja estudar futuros é perceber, reconhecer e estar consciente que a mudança é a essência e natureza da nossa realidade. Enquanto pessoas, empresas e instituições querem desenhar, estruturar e se apegar a padrões fixos para seu próprio conforto e chamá-los de “status quo”, é preciso entender que desde do começo dos tempos a mudança é o “status quo”, ou seja, a mudança é inerente ao estado das coisas, é a lei natural. Isso provavelmente vai exigir de você uma dose de flexibilidade, e o coração e a mente aberta a um certo desprendimento, desconforto e descontrole.
Quanto à aceleração, muitos temas que estão hoje “atropelando” as pessoas já estão mapeados e vêm sendo “construídos” há tempos, novos comportamentos, tecnologias, sustentabilidade, diversidade. Claro, em determinados momentos e contextos eles ganham ou perdem força. A minha pergunta é: será que não estão confundindo aceleração com acesso? Como já dizia o escritor William Gibson, “o futuro já chegou, só não está uniformemente distribuído”. O acesso contribuiu para excesso, que pode gerar o sentimento de aceleração.
Nessa perspectiva, Future Thinker (ou Pensador(a) de Futuros) nada mais é que um observador atento e presente, que consegue criar filtros, ter a capacidade de acompanhar os movimentos de mudança e criar pontos de conexão e sentido, e a partir disso, visualizar cenários e antecipar tendências e gerar ideias valiosas para lidar com as transformações.
Com tanto caos e “barulho”, essa tem se tornado uma habilidade valorizada, que pode moldar o sucesso de pessoas e empresas.
Vamos explorar essa jornada e entender as principais competências que definem quem domina o pensamento de futuros?
Uma mentalidade muito além da técnica
Hoje no universo de estudo de futuros existem muitos métodos e ferramentas que facilitam o trabalho do pensador. Mas engana-se quem pensa que essa função é puramente técnica. Um (a) Pensador (a) de Futuros precisa equilibrar habilidades analíticas com uma forte dose de criatividade e intuição. É um trabalho que exige tanto racionalidade quanto imaginação.
1. Questione suas suposições e preconceitos
O primeiro passo para se tornar um(a) Future Thinker é deixar de lado seus preconceitos e suposições. Quando se estuda o futuro, é essencial olhar para o mundo com neutralidade (difícil pacas!). Isso significa reconhecer nossos próprios vieses – como o viés de confirmação (procurar informações que confirmam o que já acreditamos) e o viés de ancoragem (ser influenciado por opiniões anteriores) – e garantir que nossas percepções não distorçam as descobertas. O verdadeiro pensador de futuros observa os fatos e as tendências com uma mente aberta, mesmo que as ideias não ressoem com suas preferências pessoais.
2. Esteja aberto às mudanças
Outro aspecto crucial de ser um(a) Future Thinker é estar aberto (a) às mudanças. As pessoas que resistem a mudanças têm dificuldades em aceitar novas tendências. Para ser eficaz nessa função, é preciso se adaptar rapidamente e reconhecer quando algo novo está surgindo. Afinal, como diz Belchior, “O novo sempre vem”. Um(a) Future Thinker guia empresas e indivíduos por processos de transição, ajudando-os a se ajustar a essas mudanças de maneira mais suave e eficaz.
3. Cultive a curiosidade
A curiosidade é uma das forças motrizes do pensamento de futuros. Não basta acompanhar as novidades do seu setor – é necessário olhar além. Explorar diferentes áreas, conectar-se com outras disciplinas, observar comportamentos humanos e procurar ideias que estão fora da sua bolha usual são práticas essenciais. O mundo das tendências está constantemente se expandindo e a curiosidade é a chave para descobrir inovações inesperadas e oportunidades ocultas.
4. Desenvolva sua capacidade analítica e paciência
Ser um(a) Future Thinker requer habilidades analíticas aguçadas. Identificar padrões, interpretar dados, integrar novas informações e tomar decisões estratégicas com base em diferentes cenários são aspectos centrais dessa função. E isso não acontece da noite para o dia – exige paciência e persistência. Como Sherlock Holmes dizia: “O mundo está cheio de coisas óbvias que ninguém jamais observa.” A habilidade de encontrar tendências vem com prática e um olhar atento.
5. Seja um “fazedor de sentido” (Sense Maker)
O conceito de Sensemaking se refere à capacidade de dar sentido a um ambiente caótico ou incerto. O (A) Future Thinker coleta dados, organiza informações e conecta pontos que podem parecer desconexos. Dessa forma, constrói uma visão coesa de futuros que ajuda na tomada de decisões mais eficazes. Em um mundo cheio de incertezas, essa habilidade é crucial para estruturar o pensamento e agir de maneira mais estratégica.
6. Use a imaginação e criatividade com doses de provocação
Como disse o futurista Jim Dator: “Qualquer ideia útil sobre o futuro deve parecer ridícula”. Para pensar no futuro, é preciso estar disposto a desafiar o status quo e explorar o desconhecido. Um(a) Future Thinker se permite sonhar alto, criando cenários que parecem impossíveis, mas que podem moldar realidades futuras. Soltar a criatividade, pensar fora da caixa e fazer perguntas provocativas sobre o que pode acontecer em 20, 30 ou 50 anos são parte essencial do trabalho de um Pensador do Futuro.
7. Supere as barreiras
Muitas das tendências emergentes vêm de diferentes partes do mundo. Para um(a) Future Thinker, é importante não limitar suas pesquisas ao seu idioma nativo. Com as ferramentas de tradução disponíveis hoje, é possível explorar conteúdos em várias línguas e se aventurar por territórios desconhecidos, enriquecendo sua visão global.
Um exercício contínuo de habilidades
Ser um(a) Future Thinker é muito mais do que apenas prever o que pode acontecer. É desenvolver uma série de habilidades – da análise rigorosa à curiosidade incessante, da imaginação desinibida à capacidade de conectar pontos complexos. Este trabalho envolve tanto a mente quanto o coração, exigindo um esforço consciente para questionar o que sabemos e abraçar o que ainda não entendemos.
Se você quer atuar com ferramentas de futuros, prepare-se para uma jornada de autoconhecimento e crescimento constante. E lembre-se: não há limite para o que podemos imaginar e criar. O futuro é moldado pelas nossas ideias, e a capacidade de pensar além do presente é o que nos torna verdadeiros Pensadores de Futuros.
Está pronto (a) para essa aventura?
Renata Mendonça
Sócia-fundadora da Mescla.
Buscadora, curiosa, em movimento.
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