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A indústria de alimentos e a adaptação na era Ozempic

By 20 de junho de 2024 agosto 2nd, 2024 Blog

Abordamos em publicações anteriores algumas movimentações relacionadas ao uso de medicamentos como o Ozempic e os seus derivados, que são vários hoje. Cada vez mais esses remédios estão  moldando diversos mercados devido aos efeitos causados durante o processo de emagrecimento. Hoje vamos destacar as mudanças que estão acontecendo no setor alimentício devido às alterações no paladar do público consumidor desses medicamentos.  

O paladar é um dos pontos afetados pela ingestão dos medicamentos. Após uso dos fármacos, o apetite para opções mais gordurosas e doces acaba sendo reduzido, agora aquele lanche menos saudável e em uma quantidade exagerada não é mais a primeira opção. O que faz a busca por um equilíbrio entre emagrecimento e melhora dos hábitos alimentares crescer. O Brasil ocupa o 6º lugar no ranking entre 218 países, no segmento de alimentação saudável, nutrição e perda de peso. Mercado que fez girar 30.8 bilhões no país em 2022.  De acordo com um estudo da Abiad (Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres) 72% dos brasileiros aumentaram os cuidados com a alimentação nos últimos anos, principalmente após a pandemia. 

E essas alterações ocorrem principalmente na quantidade consumida e nas escolhas feitas, isso foi constatado por uma pesquisa feita pelo banco de investimentos Morgan Stanley, que concluiu que mais de 60% das pessoas que estão tomando Ozempic e similares reduziram ou cessaram seu consumo de alimentos como doces e sorvete. 

Movimento da indústria

A indústria está de olho nas reduções e novas escolhas. A Nestlé, por exemplo, lançou a linha Vital Pursuit com os primeiros produtos destinados aos usuários do GLP-1 com o intuito de ser parte da mudança dos hábitos alimentares de milhões de americanos que atualmente utilizam medicamentos para perda de peso ou trabalham ativamente para controlar seu peso. Os alimentos, além de fracionados de acordo com o apetite do usuário de medicamentos para perder peso, também são opções ricas em proteínas e fibras.

meal with Vital Pursuit

Imagem retirada do site da Nestlé

Outra empresa que também observa o crescimento desse público, é a General Mills, que passou a vender uma versão rica em proteínas de seu Annie’s Mac and Cheese. Além do macarrão, opções com redução de sódio e açúcar também estão fazendo parte da sua linha de bolos, biscoitos e brownies.

Três caixas de macarrão com queijo da Annie

Imagem retirada do site da Annies

O próximo exemplo é da Danone, responsável pela fabricação de marcas populares de iogurte. A empresa vê os medicamentos GLP-1 como potencial crescimento para os seus negócios. O público adepto a medicações como Ozempic e Wegovy estão buscando produtos com alto teor de proteína e baixo teor de gordura. Recentemente a Nielsen fez um levantamento de dados que concluiu que a procura por produtos mais saudáveis aumentou em 17,9% o consumo de iogurtes com baixo teor de açúcar. Pensando nesse cenário, a marca adaptou e está investindo em produtos que atraiam e supram as necessidades de quem optou pela alimentação saudável. Como é o caso da Linha Activia e das suas opções de produtos com leites de origem vegetal.

Veja também: Saiba mais sobre a (contra) tendência Neutralidade Corporal

Esse mercado de alimentação pensado para quem está em tratamento medicamentoso está tão aquecido que uma incubadora de negócios de riscos chamada Squared Circles fechou uma rodada de financiamento de quarenta milhões de dólares para lançar e expandir pelo menos cinco marcas de saúde e bem-estar nos próximos três anos. A incubadora é responsável por produtos como o Algae Cooking Club, um óleo para cozinhar feito de algas que contém mais gordura boa ômega-9, ponto de fumaça mais alto e menor impacto no planeta. 

Could algae oil become a kitchen staple? This Michelin-star chef thinks so

Imagem retirada do site da Squared Circles

Já a Conagra, holding americana detentora de marcas de comidas congeladas, começou a considerar disponibilizar alimentos congelados em porções menores e prevê a expansão de vendas de seus salgadinhos feitos de carne seca que são ricos em fibra e proteínas, além de sua linha de pipocas por ter baixo valor calórico. 

A PepsiCo e a Coca-Cola já oferecem e estão intensificando mais a distribuição para revenda dos seus produtos em porções menores para quem quer comer algo fora da dieta, mas sem exagerar. As empresas de refrigerantes estão de forma gradual evitando o uso da palavra “dieta” e apostando na opção “zero açúcar”. E grandes marcas como a Mondelez se conecta e adquire marcas pequenas e modernas para ajudá-las a se adaptar às rápidas mudanças de gostos.

Esse é só um dos mercados que o Ozempic e suas derivações estão impactando. A demanda por comidas menos doces e gordurosas vai aumentar à medida que a medicação for ficando mais popular e quem trabalha com alimentação tem que estar atento. 

Para finalizar, temos alguns empreendimentos aqui em Maceió que se destacam pela oferta de produtos saudáveis que trazem opções funcionais e nutritivas para o dia a dia. Como o Lina Healthy Food, que tem como objetivo proporcionar uma experiência gastronômica afetiva e saudável. 

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