O Brasil é o sétimo país com o maior número de mulheres empreendedoras no mundo. Segundo dados do Sebrae e do Global Entrepreneurship Monitor (GEM), dos 52 milhões de empreendedores no país, 30 milhões são mulheres, o que corresponde a 57%. Só que quando se olha para empresas mais antigas, com mais de 42 meses de existência, os homens representam 57,3% do total, ou seja, apesar de serem maioria, as empresas capitaneadas por mulheres não têm tanta longevidade quanto a que tem homens à frente. Um dos motivos para isso acontecer é a disparidade de investimentos. De acordo com a Kauffman Foundation, mulheres começam negócios com cerca de metade do capital se comparado com homens.
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Quando o tema é inovação, a disparidade entre gêneros é ainda maior. Segundo dados do Report de Female Founders, realizado em 2020 pelo Distrito em parceria com a Endeavor e a B2Mamy, as startups e scale-ups brasileiras fundadas exclusivamente por mulheres são apenas 4,7% do total. Somando o percentual de empresas cofundadas por mulheres (5,1%), apenas 9,8% das empresas têm fundadoras mulheres. A situação se agrava quando elas buscam investimentos para crescer. Uma pesquisa publicada pela Harvard Business Review mostrou que as mulheres receberam, em média, apenas 25% do montante requerido, enquanto os homens receberam, em média, 52%.
Além disso, uma outra pesquisa também da Harvard Business Review mostrou evidências de que há estereótipos de gênero influenciando as perguntas que investidores fazem para mulheres e homens à frente de seus negócios, o que pode gerar respostas muito diferentes, ainda que o potencial de negócio seja parecido. Por isso, na semana da mulher, o blog traz alguns exemplos de mulheres que conseguiram romper essa barreira tão forte no empreendedorismo feminino, especialmente no universo das startups.
A gente começa com um dado que retrata bem a desigualdade citada acima. De 36 pessoas que fundaram unicórnios no Brasil, ou seja, startup que alcançou um valor de mercado de US$1 bilhão ou mais, apenas duas são mulheres. Leia-se a fintech Nubank, com Cristina Junqueira, e a proptech Loft, de Mariana Paixão. Mas para além dos unicórnio, existem startups que estão se destacando no mercado e algumas delas são:
- Gupy – plataforma de soluções para departamentos de Recursos Humanos (RH) das empresas, fundada por Mariana Dias e Bruna Guimarães;
- Sólides – também são HRtech fundada e cofundada por Monica Hauck;
- Fotoploc – e-commerce de fotoprodutos, fundada por Camila Sallaberry;
- Pipo Saúde – healthtech de gestão de planos de saúde para empresas, cofundada por Manoela Mitchell;
- Herself é uma startup de impacto que desenvolve calcinhas e biquínis absorventes e reutilizáveis para o ciclo menstrual, fundada por Raíssa Assmann Kist.
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