Foodtechs são chamadas as startups que desenvolvem soluções para o setor alimentício, ou seja, são empresas que utilizam tecnologia para transformar a forma como os alimentos são produzidos, distribuídos e consumidos. Uma foodtech pode criar um novo alimento, pode melhorar a logística de distribuição ou atender uma nova necessidade de consumo, por exemplo. Segundo dados da empresa de pesquisa PitchBook Data, os investimentos em foodtechs ultrapassaram $28 bilhões de dólares de janeiro a setembro de 2021 em todo o mundo, uma alta de 85% em relação a 2020. Já uma pesquisa realizada pela instituição britânica The Food Tech Matters apontou que a previsão é chegar a $238 bilhões de dólares em investimentos globais até o final de 2022.
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O primeiro exemplo é brasileiro e chama-se Fazenda do Futuro, que é uma foodtech especializada em produtos à base de plantas avaliada em $2 bilhões de reais e presente em 30 países. A empresa já disponibiliza no mercado carne moída, almôndegas, hambúrgueres, linguiças, atum e frango. As carnes de planta são feitas com ingredientes como beterraba, grão de bico, soja, ervilha, entre outros. E, de acordo com quem já provou, tem textura bem próxima de uma proteína animal. Nas últimas semanas, a Fazenda do Futuro mobilizou o mercado por ter anunciado como nova sócia do negócio a cantora Anitta, que promete lançar novos produtos plant based em breve.
Uma outra empresa, também de alimentos à base de plantas, que conseguiu como sócio o dono da Amazon, Jeff Bezos, foi a foodtech chilena NotCo. A empresa disponibiliza produtos como maionese, leite, sorvete, hambúrguer e frango à base de plantas. A maionese, chamada de NotMayo por exemplo, é feita de óleo de canola, sementes de mostarda, vinagre de uva, sal e lima. Além disso, para recriar o sabor e a textura de produtos de origem animal usando exclusivamente plantas, a empresa utiliza uma Inteligência Artificial que testa cerca de 100 receitas por mês.
Outras foodtechs que se destacam no mercado plant based são a Beyond Meat, que além de hamburguers, salsichas e frangos disponibiliza também uma espécie de carne seca a base de planta; a Rind que faz queijo a base cenouras; e a Mewery, que está desenvolvendo carne de porco por meio do cultivo de microalgas regenerativas.
As foodtechs também englobam o alimento criado em laboratório a base de células. Quem está inovando neste mercado são a startup israelense Wanda Fish Technologies, que produz uma grande variedade filés de peixe usando práticas sustentáveis de cultivo de células em laboratório, e a startup americana Primeval Foods que utiliza células de animais exóticos para criar em laboratório bifes de tigre e hambúrgueres de leão.
Há também as foodtechs que apostaram em alimentos saudáveis, frescos e nutritivos. Uma pesquisa realizada em 2020 pelo Instituto QualiBest, em parceria com a consultoria especializada em food service Galunion, revelou que 75% dos consumidores gostam de comprar comidas saborosas, frescas e que ajudam a melhorar a imunidade e o bem-estar. Neste segmento a gente destaca as foodtechs brasileiras Liv Up, que opera como um serviço de entrega de alimentos saudáveis ultracongelados, elaborados com ingredientes orgânicos e agricultura familiar; a Foodz, que é um tipo de shake em pó que promete cobrir as necessidades nutricionais de uma refeição de forma saudável; Belaf, refeições congeladas 100% vegetal; e a Begreen, clube de assinatura que entrega hortaliças livres de agrotóxico direto da fazenda para o consumidor, que hoje atende 8 cidades brasileiras.
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Em Alagoas, a gente tem Beeva que é uma foodtech focada em produtos derivados da apicultura, como o próprio mel, o extrato de própolis e uma linha de suplementação alimentar e fitness. A empresa fica em Marechal Deodoro e quem tiver a oportunidade, vale demais a visita!
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