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Cura pelo Som: inovações de bem-estar e autocuidado no formato áudio

By 19 de outubro de 2021março 24th, 2022Blog, Radar

Já antes da pandemia, a tendência “império do som” estava em ascensão. De lá para cá, o consumo em formato de áudio só cresce. Uma pesquisa divulgada pelo Grupo Globo em parceria com o Ibope, que mostrou que 57% da população começou a ouvir programas de áudio no último ano. 

Outros estudos mostram ainda que ouvir certos sons e músicas todos os dias regulam e/ou estimulam determinadas emoções. Esse foi o caso do estudo da British Academy of Sound Therapy para o aplicativo de música Deezer, que recomenda ouvir música diariamente para a recuperação do estresse, um pouco mais de uma hora já seria suficiente. A partir das informações coletadas, o serviço de streaming criou listas de reprodução terapêuticas como uma forma de permitir que as pessoas regulem seu humor ao longo do dia.

Som auxiliando na saúde

Nesse contexto, é possível perceber que o som vai muito além do entretenimento. Ele pode ser também um excelente aliado na busca da cura e do bem-estar. Um exemplo incrível de inovação voltado para esse uso, é o aplicativo que auxilia no diagnóstico de pacientes com Covid-19. No app desenvolvido na Universidade de Cambridge, no Reino Unido, o usuário responde algumas perguntas médicas e grava a própria respiração, fala e tosse. A partir desses dados é possível identificar, por meio da inteligência artificial, os padrões comuns aos pacientes infectados. Sinalizando a necessidade de outros exames e de uma maior investigação médica.  

O próximo exemplo vem de um hospital na Califórnia. O Henry Mayo Newhall Hospital está desenvolvendo, junto com alunos do California Institute of the Arts e da startup de experiência de áudio Spatial, experiências áudio-sensoriais restauradoras e calmantes para pacientes hospitalares. Entre essas experiências está uma sala de tranquilidade que foi projetada para famílias com pacientes em estado terminal e uma outra sala que é possível viver “férias virtuais”, voltada para os membros da equipe médica que tenham passado por algum momento extremo de estresse.

Outro exemplo interessante é o Moodsonic, produto da  The Sound Agency (uma empresa internacional de áudio criativo), que cria paisagens sonoras, se adaptando em tempo real às mudanças das condições do seu espaço, como ruído, temperatura, ou quantidade de pessoas. As paisagens sonoras são projetadas com design biofílico, ou seja, baseadas na natureza, e possuem benefícios como redução de estresse, aumento dos níveis de felicidade, ou foco, e podem ser aplicados em qualquer ambiente.

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Bem-estar sexual através do áudio

App Dipsea

Em uma outra vertente de autocuidado, o áudio também está sendo usado para o bem-estar sexual. É o caso do aplicativo de áudio Dipsea, que ajuda a guiar os usuários a dormir com histórias eróticas e uma mistura de sons suaves e calmantes. Sua biblioteca de sono inclui uma gama de gêneros adultos para escolher, que podem ser combinados com sons suaves da natureza no final da gravação.

Outro app com a mesma pegada é o Karma, que é baseado no método de mesmo nome, desenvolvido por especialistas que usam cinco pontos no processo: respiração, movimento, toque, desejo e coração para conectar corpo e mente aos prazeres sexuais.  O aplicativo se vende oferecendo práticas de Mindful Sex para todos os corpos, independentemente da idade, sexualidade ou gênero. 

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Efeitos do som

Já pensando na rotina diária, uma outra inovação vem da startup de áudio Endel. O app cria frequências de som personalizadas para melhorar o humor ou a produtividade. O aplicativo analisa horário de conexão, local e frequência cardíaca para personalizar as paisagens sonoras. Em 2019, a Endel ganhou as manchetes quando seu algoritmo se tornou o primeiro a ser assinado com uma gravadora. O app conta com integrações para carros, dispositivos como smartwatch, fones, assistentes virtuais e outros itens para casas inteligentes.  

App Endel

A música também pode ser uma aliada de atletas de alto rendimento. A neurocientista Julia Jones trabalha com estratégias multissensoriais baseadas em neurociência e explora o uso do som na preparação de atletas. Usando de um software que modela e analisa as respostas automatizadas do cérebro é possível trabalhar com propósitos específicos de excitação ou relaxamento, ampliando os efeitos do som na performance.

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Fica a reflexão: como seu negócio pode aproveitar essa tendência?